“Ou restaure-se a moralidade, ou nos locupletemos todos”. A frase Stanislaw Ponte Preta, pseudônimo do jornalista e humorista Sérgio Porto, nunca refletiu tanto a realidade brasileira como nos dias atuais. A corrupção é a mãe de todos os males da nação, vai da administração pública ao futebol. Só nos primeiros cinco meses deste ano cerca de 250 mil trabalhadores perderam seus empregos.
A corrupção não é privilégio dos governos do PT, mas de vários partidos. Ela comeu solta no governo de FHC (leia o Príncipe da Privataria, de Palmério Doria). Mas nos governos do PT, pela primeira vez, empresários e políticos foram e estão na cadeia. Em termos de corrupção, os governos do PT e do PSDB são as duas faces da mesma moeda: a cara e a coroa.
O mensalão foi uma invenção tucana em Minas Gerais, aperfeiçoado pelo PT de José Dirceu. Marcos Valério, operador dos dois mensalões, foi condenado a 37 anos de prisão pelo mensalão petista. No mensalão do PSDB mineiro, ainda não foi julgado. O processo tramita há mais de 10 anos sem previsão de julgamento.
Os dois partidos que governaram o Brasil nos últimos anos, disputam entre si, com acusações mútuas, o privilégio de serem campeões na corrupção. Calcula-se que a corrupção custa à nação R$ 200 bilhões por ano. Enquanto isto, os brasileiros torcem ora por um partido ora para o outro como num jogo de futebol: no Atletiba, Grenal ou Fla-Flu da corrupção.
Os governos do PT estão manchados pelo Mensalão e Petrolão, os dois maiores casos de corrupção da política nacional. Diante deste quadro, Lula chegou a dizer que ele e a presidenta Dilma estão no volume morto, e o PT abaixo do volume morto, envelheceu, só pensa em cargos.
Os governos do PSDB colecionam escândalos, como o cartel do metrô em São Paulo, desde o governo Mario Covas, ao mensalão mineiro. Mas ainda não fizeram a autocritica.
O governo Beto Richa, está enlameado na corrupção. A quadrilha dos fiscais da Receita Estadual, comandada pelo primo do governador Luiz Abi, desmantelada na Operação Publicano, que se locupletavam em R$ 50 milhões por ano, e exploravam sexualmente menores, é o exemplo recente da corrupção tucana. Agora surge o escândalo no Instituto Ambiental do Paraná, IAP. Outros mais (o melhor) estão por vir.
O Brasil do jeitinho, dos privilégios, das mordomias, da propina, e da roubalheira, não tem mais espaço neste século 21. Os brasileiros querem apenas viver e trabalhar em paz. Basta de corrupção.
*Jorge Bernardi, vereador de Curitiba pelo PDT, é advogado e jornalista. Mestre e doutorando em gestão urbana, ele escreve aos sábados no Blog do Esmael.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.