“Bancada do Camburão” planeja hoje rejeitar 8,17% a professores e servidores do Paraná

Charge de Simon Taylor, especial para a APP-Sindicato.
Charge de Simon Taylor, especial para a APP-Sindicato.
Os deputados que compõem a base de sustentação do governador Beto Richa (PSDB), na Assembleia Legislativa do Paraná, salvo melhor juízo, deverão defenestrar nesta segunda-feira (22) a proposta de reposição salarial de 8,17% para os professores e servidores públicos do estado.

Por volta das 13h30, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) analisa um recurso ao parecer que declarou o reajuste “inconstitucional”, na semana passada, pelo placar de 8 votos a 4.

Pelo script do Palácio Iguaçu, se tudo sair como planejado, a emenda da oposição que favorece o funcionalismo público será “gongada” na CCJ pela fiel “Bancada do Camburão” — aquela que deu uma voltinha no “caveirão” do ex-secretário Fernando Francishini.

O governo Richa tem pressa, por isso pretende votar no plenário ainda nesta tarde o parecer “contrário” ao reajuste na data-base. Ou seja, o Palácio Iguaçu imagina fazer 31 votos favoráveis à “inconstitucionalidade” da reposição salarial.

O que salta aos olhos é que a Assembleia, esta mesma que está prestes a negar a recomposição aos servidores de carreira, faz ouvidos moucos para os supersalários no governo de Beto Richa. Uma verdadeira farra ocorre entre poucos no executivo e judiciário. Por que essa orgia seria legal para o andar de cima?

A emenda da oposição prevê reajuste imediato ao funcionalismo de 8,17% a ser pago na folha de junho, retroativo a maio. O texto também propõe o pagamento sobre gratificações e outras vantagens, além de determinar o reajuste aos trabalhadores da Paraná Educação e das Apaes.

Economia

O governo propõe fazer a recomposição da inflação através de reajuste de 3,45% em outubro e o restante somente em janeiro de 2016. O texto governista exclui pagamento sobre gratificações e não prevê reajuste aos funcionários da Paraná Educação e Apaes.

Subscrevem o recurso os oito parlamentares que assinaram a emenda da oposição: Ademir Bier, Anibelli Neto, Nereu Moura e Requião Filho (PMDB), Péricles de Mello, Professor Lemos e Tadeu Veneri (PT) e Nelson Luersen (PDT).

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