Richa ‘passa recibo’ de ligações entre 1ª dama e auditores da Receita

Fernanda Richa, com o presidente do Sindafep, José Carlos Carvalho, e o vice-presidente sindical, Wanderci Polaquini. A foto está em matéria no site do sindicato.
Fernanda Richa, com o presidente do Sindafep, José Carlos Carvalho, e o vice-presidente sindical, Wanderci Polaquini. A foto está em matéria no site do sindicato.
O intuito do governador Beto Richa (PSDB), em entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, no UOL, era protegê-la, ampará-la, mas ao declarar que sua esposa e secretária da Família, Fernanda Richa, não sabia o que era um auditor fiscal atrapalhou-se todo. Piorou o que já estava muito ruim.

O governador tentava livrar a primeira-dama da denúncia de que teria cobrado R$ 2 milhões, em propina, para que ele assinasse promoção de auditores da Receita Estadual. O dinheiro abastecera a campanha de reeleição em 2014, apura o Ministério Público.

Segundo o jornal dos Auditores Fiscais da Receita do Estado do Paraná (Notifisco), o decreto governamental das promoções “foi fruto do empenho da diretoria do Sindafep, da secretária Fernanda Richa, do secretário Luiz Eduardo Sebastiani e do diretor Helio Obara, que trabalharam unidos e comprometidos com a classe para que isto acontecesse”.

Portanto, o tucano mentiu ao jornalista Fernando Rodrigues e aos leitores do portal UOL. Fernanda Richa não só sabia o que era um auditor como também fora homenageada pela categoria, conforme reportagem de André Gonçalves, do blog Conexão Brasília, na Gazeta do Povo.

Ao desqualificar a própria mulher, Beto Richa ‘passou recibo’ para uma “denúncia anônima” que havia merecido na véspera repúdio até do deputado Requião Filho (PMDB). Na entrevista, o tucano foi descortês com a primeira-dama e com o clã Requião, que lhe deu a mão.

Percebendo a cagada que fez, Beto Richa correu para contratar o competente criminalista René Ariel Dotti. O jurista paranaense vai acompanhar as investigações de corrupção e propina na Receita Estadual, bem como a questão do massacre de professores no dia 29 de abril.

Economia

Jornalistas paranaenses e brasilienses estudam adotar o polígrafo nas entrevistas com o governador do Paraná. Esse equipamento eletrônico também é chamado de “detector de mentiras”. Se o entrevistado mentir nas respostas a máquina apita alto.

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