Auditores arrecadaram R$ 3,7 milhões para ONG ligada à mulher de Richa

gaeco_richaA ONG que a primeira-dama Fernanda Richa dirige no Paraná — o Provopar (Programa do Voluntariado Paranaense) — recebeu nos últimos três anos R$ 3,7 milhões arrecadados por auditores fiscais da Receita Estadual. A informação é da jornalista Estelita Hass Carazzai, da Folha de S. Paulo, edição desta quarta-feira (27).

A reportagem citando como fonte o Sindafep (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita do Estado do Paraná), afirma que R$ 1,5 milhão alcançado em 2014 corresponde a um terço da receita da ONG comandada pela mulher do governador Beto Richa (PSDB).

Na semana passada, o governador tucano disse em entrevista ao UOL que a primeira-dama e secretária da Família, Fernanda Richa, “nem sabe o que é um auditor”.

Reportagem de capa no Jornal de Londrina, com base em gravações de reuniões, revelou esta semana relações perigosas da “Evita das Araucárias” com os agentes da Receita Estadual.

Os auditores fiscais arrecadavam “cobertores” junto a empresas em nome do Provopar – órgão de assistência do governo do Paraná.

Para quem nem sabia o que era um auditor, Fernanda Richa saiu-se bem na tarefa de arrecadar — segundo investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), o braço policial do Ministério Público.

Economia

A suspeita é que a primeira-dama tenha intermediado a promoção de auditores fiscais em troca de propina de R$ 2 milhões para a reeleição do marido.

A reportagem da Folha, somada a outras, mostra “nexo causal” entre auditores fiscais, primeira-dama, promoções na Receita Estadual e propinas para a reeleição de Beto Richa.

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