Após 2 semanas de massacre a professores, Anistia Internacional e sociedade civil exigem punição a Richa

richa_massacreContinuam surgindo manifestações de repúdio contra o massacre dos professores e servidores do Estado protagonizado pelo governador Beto Richa (PSDB) no último dia 29 de abril. A reprovação à violência não arrefece e há, inclusive, movimentos na Assembleia Legislativa pela constituição de um fórum contra a corrupção — origem de todo o imbróglio na gestão tucana.

As câmaras de vereadores de Cascavel e Marechal Cândido Rondon, no Oeste, publicaram cartas de repúdio ao massacre a exemplo de diversos municípios já noticiados pelo Blog do Esmael. Segundo o documento emitido pelos vereadores cascavelenses, “o dia 29 de abril ficou marcado como uma data que manchou de forma deplorável a história de nosso Estado. O governo ultrapassou todos os limites da civilidade, da moralidade e da humanidade.”

Os professores da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em greve, também aprovaram moção de repúdio contra o governador Beto Richa e estenderam seu protesto ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB); ao secretário de Ciência Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes; e ao ex-secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini (SSD).

A Anistia Internacional, entidade de defesa dos direitos humanos com sede em Londres, emitiu uma Ação Urgente endereçada ao governador do Paraná Beto Richa e ao ex-Secretário de Segurança do Paraná Fernando Francischini. A entidade já havia se manifestado no último dia 30 criticando a ação policial, caracterizando-a como “um atentado à liberdade de expressão”. Deste então o episódio vem ganhando repercussão global e a organização agora mobiliza-se para garantir o direito dos paranaenses a manifestações pacíficas.

A Associação Maringaense de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (AMLGBT) elegeu como madrinha da edição deste ano da Parada LGBT de Maringá, a Professora Doutora Patrícia Lessa – UEM, representante do Coletivo Feminista Maria Lacerda. A Associação convida a todos os participantes da Parada LGBT, que será neste domingo (17), para que façam do evento um grande protesto contra a violência, em repúdio ao governador e seus aliados.

A Comissão Estadual da Verdade Teresa Urban, instituída para investigar as violações dos direitos humanos no Paraná em períodos de ditadura no Século XX, também emitiu nota de repúdio em que afirma que no último dia 29 de abril, o governo do estado promoveu graves violações aos direitos humanos, semelhantes as ocorridas em período ditatorial.

Economia

Por fim, a coordenação do Curso de Licenciatura em Educação do Campo (LEC) da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri também emitiu nota de solidariedade aos os professores da rede estadual do Paraná duramente massacrados pela força policial no dia 29 de abril de 2015.

E durma-se com um barulho desse…

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