Por maioria, professores aprovam volta à greve contra Beto Richa

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Cerca de cinco mil professores e funcionários de escolas decidiram durante assembleia extraordinária da APP-Sindicato, neste sábado (25), em Londrina, retomar a greve nas 2,1 mil escolas da rede pública do Paraná. O Blog do Esmael e a TV 15 transmitiram o evento ao vivo, sem cortes ou edição.

Os educadores haviam suspendido a paralisação em 9 de março, depois de um mês de greve, diante de carta-compromisso assinada pelo governo Beto Richa com aval do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR).

O principal motivo da retomada da greve tem como objetivo barrar o confisco do fundo previdenciário, em regime de urgência, que será votado nesta semana pela Assembleia Legislativa do Paraná. O governo tucano pretende aprovar o PL 252/15 que lhe possibilita descapitalizar anualmente a Paranáprevidência em até R$ 2 bilhões.

A APP-Sindicato entende que sem o fundo previdenciário, no futuro, constitucionalmente, o tesouro do governo do estado terá de arcar com aposentadorias e pensões. Isto representaria um risco para o plano de cargos e salários de todos os servidores paranaenses.

Além dos trabalhadores da educação básica, professores e funcionários das universidades estaduais também estão em greve por tempo indeterminado, bem como servidores de outros órgãos da administração pública paranaense.

Economia

Os educadores, lideranças sindicais e deputados presentes na assembleia de Londrina criticaram veementemente o cerco planejado pelo governo Richa contra a manifestação prevista para a semana que vem.

“Richa quer tratar um problema político como se fosse caso de polícia”, reagiu o deputado Professor Lemos (PT).

Mais cedo, com exclusividade à TV 15/Blog do Esmael, o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, classificou a mobilização policial no Centro Cívico como “coisa de ditaduras, de regimes autoritários, que não se coaduna com o Estado Democrático de Direito”, lamentou.

O dirigente do magistério também acusou o governo do estado de romper acordo com a categoria, avalizado pelo Tribunal de Justiça do Paraná, que suspendeu a greve de março. “O governo se comprometeu a esgotar o debate sobre a previdência”, pontuou o dirigente sindical.

A APP-Sindicato aprovou “assembleia permanente” durante a paralisação contra a votação do projeto que confisca a poupança previdenciária dos servidores.

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