Contra confisco da Previdência, 4 universidades estaduais paralisam atividades nesta terça-feira

universidadesOs professores das Universidades Estaduais de Londrina (UEL), do Norte do Paraná (UENP), do Paraná (UNESPAR) e do Oeste do Paraná (UNIOESTE) vão fazer um dia de paralisação nesta terça-feira (14) em protesto contra a nova tentativa do governador Beto Richa (PSDB) de confiscar a Previdência dos servidores estaduais.

Nesta segunda-feira (13), o líder do governo tucano na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), sinalizou que colocará em votação requerimento para “regime de urgência” para o projeto de modifica a Previdência.

O clima segue muito tenso no Centro Cívico, em Curitiba, pois até ocorreu um quiproquó na Assembleia nesta tarde que resultou na prisão da professora Lélia Fernanda França Rech. Ela protestava contra os deputados, que estão com os nervos à flor da pele.

A bronca dos professores universitários tem a ver com a proposta de o governador Beto Richa sacar R$ 140 milhões mensais do fundo previdenciário. Em tempos de Luiz Abi solto, eles temem “tudo” e desconfiam de “todos” no governo.

A paralisação de amanhã foi decidida pelos professores após amplo debate sobre o novo projeto de mudanças no regime de previdência dos servidores que tramita na Assembleia Legislativa desde a semana passada.

Os professores também protestam contra os repasses cada vez mais reduzidos dos recursos de custeio das universidades estaduais, que estão vivendo em situação de precariedade.

Economia

Durante a paralisação, professores, funcionários e estudantes da UEL farão assembleia conjunta pela manhã. Em pauta, discussão e deliberação sobre o calendário de mobilizações das categorias, que estão em estado de greve. Participarão da assembleia também representantes dos professores da UENP e UNESPAR.

Após levar o Paraná a uma crise econômica sem precedentes o governador Beto Richa (PSDB) aplicou vários calotes nos servidores e tentou meter a mão em mais de R$ 8 bilhões do fundo de previdência do Estado. Medida que foi barrada pela greve de fevereiro e março.

Na semana passada, o governo apresentou um novo projeto com uma nova forma de saquear a previdência, mas de maneira mais suave, quem sabe “mais palatável” para os servidores. Basicamente, o projeto transfere mais de 33 mil servidores para o fundo previdenciário, desobrigando o Estado de bancar cerca de R$ 140 milhões por mês; valor que sobrará no caixa do governo.

A mobilização dos professores universitários, junto com a assembleia da APP-Sindicato no próximo dia 25 devem definir o tom da resistência dos servidores contra as mudanças na previdência. Novas batalhas no horizonte.

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