Paulo Rossi: “O prefeito Fruet também frequentava o ‘Comitê Lealdade'”

Gustavo Fruet compareu na inauguração do Comitê Lealdade, em 2008.
Gustavo Fruet compareu na inauguração do Comitê Lealdade, em 2008.
O fantasma do “Comitê Lealdade” formado por dissidentes do PRTB, em 2008, para apoiar a reeleição do então prefeito Beto Richa (PSDB), voltou neste início de outono a assombrar os políticos curitibanos.

O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Paulo Rossi, nesta sexta, pediu direito de respostas em cima da coluna do secretário Municipal de Governo, Ricardo Mac Donald, que enxergou viés político-eleitoral na greve dos garis encerrada ontem.

Mac Donald afirmou na coluna que conhece a ficha do dirigente Manassés Oliveira, do Siemaco, sindicato dos trabalhadores na limpeza pública, ex-comandante do “Comitê Lealdade” financiado com recursos de caixa 2. “Vemos uma greve política com objetivo de desgastar a administração municipal”, disparou.

Pois bem, Paulo Rossi divulgou esta tarde fotos de quando o então deputado Gustavo Fruet era assíduo frequentador do mesmo “Comitê Lealdade”.

“Ao invés de tentar desqualificar o trabalho de dirigentes que lutam pela classe que representam, o secretário deveria cobrar a empresa que detém a coleta de lixo, a CAVO, importante doadora de recursos em campanhas eleitorais, reconhecimento do trabalho dos garis”, contra-atacou o presidente da UGT.

A seguir, leia a íntegra do direito de resposta:

Economia

Prezado amigo e blogueiro Esmael Morais,

No seu respeitado blog desta sexta-feira, o secretário de governo(?) da Prefeitura de Curitiba, Ricardo Mac Donald, na coluna semanal, tenta vincular a greve dos garis, encerrada ontem, quinta-feira, ao fato do companheiro Manassés Oliveira, presidente do Siemaco – Sindicato que representa a categoria, então vereador em 2008, ter participado do “Comitê Lealdade” de apoio à reeleição do prefeito Beto Richa(PSDB).

O mesmo secretário e colunista nas horas vagas tenta fugir das responsabilidades do município em garantir salários e condições dignas de trabalho aos trabalhadores da limpeza urbana da capital paranaense, imputando ao movimento paredista a sua relação com grupos de oposição ao atual prefeito.

Ao invés de tentar desqualificar o trabalho de dirigentes sindicais que lutam pela classe que representam, o principal secretário da prefeitura, cujo papel principal seria de agir como bombeiro e não como um incendiário, deveria cobrar a empresa que detém a coleta de lixo, a CAVO, importante doadora de recursos em campanhas eleitorais, e exigir o reconhecimento da relevância e da importância dos garis na limpeza da nossa cidade.

No papel de presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores, central sindical à qual o Siemaco é filiado, estou encaminhando essas fotos do atual prefeito Gustavo Fruet (PDT), e chefe do sr. Ricardo, para comprovar que o mesmo também era frequentador do referido “Comitê Lealdade”. Aliás, o prefeito inclusive aparece ao lado do pivô, Alexandre Gardolinski, porque também foi um dos ardorosos defensores do comitê em favor do prefeito reeleito Beto Richa.

Quero demonstrar com isso que, no atual cenário econômico e político que vivemos, temos de parar com as bravatas e de achar culpados pela péssima administração que a nossa querida Curitiba atravessa, dados esses comprovados através de pesquisas de opinião pública.

Chegou a hora de quem está exercendo o poder deixar a arrogância e a prepotência de lado, e, em vez de partidarizar o movimento legal e autêntico dos trabalhadores da limpeza, que nada mais pediam do que melhores salários e benefícios pela venda de sua força de trabalho.

Prova da legalidade do movimento paredista foi o próprio entendimento da Justiça do Trabalho ao mediar o conflito, e, de forma humilde, se aproximar dos movimentos sociais e da sociedade organizada, buscando o entendimento e soluções para que Curitiba volte a ser referência na qualidade de vida e nos serviços públicos prestados à população.

Desde já a UGT e suas entidades filiadas estão à disposição.

As disputas eleitorais que fiquem para 2016 e que os eleitores julguem quem está com a razão. Antes disso, ouçam as vozes das ruas.

*Paulo Rossi – Presidente da UGT-PARANÁ

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