No governo Beto Richa, crianças assistem aulas ‘em pé’ por falta de carteiras escolares

Alunos e professores de duas escolas na capital paranaense protestam; numa faltam professores; noutra faltam carteiras escolas; enquanto isso, a corrupção toma conta do governo Richa.
Alunos e professores de duas escolas na capital paranaense protestam; numa faltam professores; noutra faltam carteiras escolas; enquanto isso, a corrupção toma conta do governo Richa.
O dinheiro que vai pelo ralo da corrupção está fazendo falta nas escolas e hospitais do Paraná.

Hoje pela manhã, em Curitiba, alunos do Colégio Estadual Júlia Wanderley, no bairro Batel, pararam o trânsito da Avenida Vicente Machado em protesto contra a falta 14 de professores nos 1°, 2° e 3° ano do ensino médio.

As aulas foram retomadas há uma semana, depois de uma greve de um mês, mas efetivamente os problemas continuam os mesmos na maioria das 2,1 mil escolas da rede pública do Paraná.

Na Escola Lúcia Bastos, no bairro Alto Boqueirão, região Sul da capital, o problema é a falta de carteiras para os alunos sentarem durante as aulas. As salas são de madeira, os portões emperram por falta de manutenção, etc.

Quando professores e alunos se movimentam dentro da sala, o assoalho de madeira velha também se movimenta.

A direção da Escola Lúcia Bastos recorreu à SUDE (Superintendência de Desenvolvimento Educacional do Paraná), que em tese teria suprir a falta de cadeiras e carteiras, mas o órgão afirmou que não tem como atender ao pedido. Tampouco as escolas vizinhas têm como socorrer os alunos que assistem às aulas em pé.

Economia

Emergencialmente, a escola precisa de 25 carteiras. “Retiramos cadeiras da sala dos professores e da biblioteca, do apoio, que ainda não começou. E quando começar?”, lamenta Andrea Regina Zampier, mãe de aluna e funcionária administrativa da Escola Lúcia de Bastos, recordando que o estabelecimento já teve a melhor nota da região no Ideb.

Se o dinheiro do governo Beto Richa (PSDB) não fosse desviado em licitações fraudulentas, como naquela que levou o primo do governador à prisão, e a Receita Estadual não fosse alvo de corrupção de até R$ 500 milhões, segundo o Gaeco, possivelmente teria dinheiro de sobra para garantir que crianças assistiriam a suas aulas sentadas e não faltariam professores bem remunerados nas escolas do Paraná.

Nunca é demais recordar que o governo do estado deixou de repassar recursos para o Sistema de Atendimento à Saúde (SAS), que suspenderam o atendimento dos servidores públicos. O calote deixa, sobretudo, os educadores desguarnecidos na assistência médica. É o caos.

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