A coisa funciona mais ou menos assim: primeiro chega a uma cidade grande ou à capital, depois procura ligação com algum partido político ou líder importante. Se não lhe atendem as expectativas, muda de líder ou de partido, isso mais de uma vez.
O próximo passo é responder à pergunta: como vou me dar bem sem trabalhar, ou sem muito esforço? Daí a conclusão: criar uma espécie de cartório, em que vários tenham que contribuir obrigatoriamente; que não precise prestar contas a ninguém e onde possa passar anos e anos a fio no cargo.
Usando da influência política adquirida, junta a papelada e forma um sindicato. Seleciona uma gama de trabalhadores e pede registro sindical – se o nome for estapafúrdio melhor.
A carta sindical é o passaporte para o céu. Permite arrecadar o imposto sindical, taxas da convenção coletiva, taxa assistencial, mensalidades, etc. Quem paga é o coitado do trabalhador, que não pode reclamar e quando quer participar das eleições sindicais, elas já ocorreram ou surgem tantas manobras e dificuldades que torna impossível a salutar mudança.
Desde já ressalto que respeito as centrais sindicais tradicionais, que combateram o regime de força e se estabeleceram como reais defensoras dos trabalhadores. De igual forma, louvo os antigos sindicatos que surgiram das lutas dos trabalhadores e que se impuseram por sua representatividade. Reclamo é dos pelegos que, à sombra dessas lutas, vivem “chupinzando” o esforço alheio.
Voltarei ao tema.
*Ricardo Mac Donald Ghisi é advogado, secretário Municipal de Governo de Curitiba. Escreve à s sextas no Blog do Esmael.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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