Presidente da Fiep vê “irresponsabilidade” de Richa em aumento de impostos

campagnolo_richa.jpgO presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, classificou nesta segunda-feira (8) como uma irresponsabilidade o pacote de reajustes tributários proposto pelo governador Beto Richa (PSDB). O mais nefasto é aumento de 28% para 29% da alíquota do Imposto sobre a Circulação e Mercadorias e Serviços (ICMS).

O empresário prevê que o aumento de impostos fará com que consumidores paranaenses comprem de estados vizinhos pela internet. Ou seja, o “pacotaço” vai beneficiar somente o comércio e a indústria de São Paulo, por exemplo.

A médio prazo, a tendência que as medidas do governador do PSDB resulte em desemprego, inflação e perda de competitividade. “Quem vai pagar a conta é o consumidor. Chega a ser uma irresponsabilidade do governador [Beto Richa]”, criticou o presidente da Fiep.

Na semana passada, o senador Roberto Requião (PMDB) havia dito que o “pacotaço” seria coisa de “imbecil” e “ignorante”. Um governante imbecil, num momento de crise, com arrocho fiscal, paralisa um estado!, criticou o parlamentar.

Na prática, Richa já quebrou o Paraná (setor público) e agora com o “pacotaço” planeja quebrar o comércio e a indústria paranaenses (setor privado).

O “pacotaço” do governo também prevê aumento no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) em 40% e reajustes nas taxas judiciárias.

Economia

Campagnolo adiantou que no dia de hoje, a Fiep e outras entidades que compõem o G7 farão pressão total na Assembleia Legislativa do Paraná e no próprio Richa para que desista do “pacotaço”.

Além da Fiep, compõem o G7 as federações da Agricultura (Faep), do Comércio (Fecomercio), dos Transportes (Fetranspar) e das Associações Comerciais (Faciap), além da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e da Associação Comercial do Paraná (ACP).

Não são apenas os empresários que querem o “couro” de Richa. Os aposentados também prometem partir para cima do governador tucano que quer cobrar 11% sobre ganhos acima do teto do INSS de R$ 4.390,24. Entidades sindicais acusam Richa de pretender fazer superávit de caixa com o desconto dos aposentados e dos funcionários da ativa.

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