Rossoni tem condições psicológicas para assumir interinamente o governo do Paraná? Abaixo, assista ao vídeo e opine
O deputado estadual Valdir Rossoni é presidente da Assembleia Legislativa e do PSDB do Paraná. A partir de fevereiro de 2015, se não ocupar cargo no segundo governo Beto Richa (PSDB), dará expediente na Câmara dos Deputados, em Brasília, pois foi eleito deputado federal.
Mas o que preocupa não é a ação futura do tucano a médio prazo, mas sim o imediato tendo como ponto de partida o pretérito.
O massacre dos professores ocorrido na última terça-feira, dia 4, na Assembleia Legislativa foi ordenada por Rossoni. Câmeras de televisão, inclusive da TV Sinal, registraram o tucano apontando com o dedo os manifestantes que precisavam ser retirados das galerias pela segurança a socos e pontapés. Portanto, os gorilas só agiram com violência porque tiveram a ordem expressa do presidente do parlamento.
As imagens da covardia contra os educadores que estavam no legislativo estadual lutando pela democracia nas escolas chocaram e ainda chocam os paranaenses.
Naquela sessão, o governo Beto Richa impôs sua maioria na Casa do Povo! para pôr fim na escolha de diretor pelo voto direto. Valeu-se do “tratoraço” para prorrogar mandato dos atuais 2,1 mil gestores para até 31 de dezembro de 2015.
Pois bem, professores estudam peticionar representação na Justiça nos seguintes termos: Rossoni teria condições de assumir interinamente o governo do Paraná por uma semana, a partir deste sábado (8), devido viagens internacionais do governador e do vice Flávio Arns (PSDB)?
Revendo as imagens no massacre na Assembleia, de diversos ângulos, educadores dizem que Rossoni não tem controle psicológico para assumir o governo. Estranham que Richa premie! o correligionário com a interinidade. “Ou a pancadaria teve a cumplicidade do Palácio Iguaçu e do governador?”, questionam.
Para quem presenciou a pancadaria na Assembleia há um consenso: se houvesse compaixão pelos professores o governador até adiaria a viagem para a Disney World, em Orlando, Estados Unidos; emitiria nota pública reprovando os excessos de seu companheiro de ninho, etc; impediria que Rossoni assumisse o executivo estadual.
A agressão desta semana é comparada a 30 de agosto de 1988, quando o então governo àlvaro Dias utilizou a cavalaria para conter protesto de educadores em greve (clique aqui).
Votemos à vaca fria.
Caso bata na trave a ideia de o presidente da Assembleia chefiar o executivo na ausência do governador e do vice, pela linha sucessória, a tarefa caberá ao presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR).
Assista ao vídeo da TV Tarobá/Cascavel:
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.