A rebelião iniciada no final da tarde do domingo (19) na Penitenciária Estadual de Maringá deverá ser encerrada ainda na manhã de hoje (20). As negociações conduzidas pela Polícia Militar e pelo Departamento de Execução Penal do Estado do Paraná (Depen) estão avançadas. As reivindicações são parecidas com as rebeliões anteriores: transferências de presos e melhorias na alimentação.
Para se ter uma ideia do nível das reivindicações, um dos líderes da rebelião seria um preso que quer transferência para Curitiba, por que sua mulher estaria para dar a luz.
O saldo desta que é a vigésima segunda rebelião no sistema penitenciário estadual, até agora, é de dois agentes penitenciários feridos, já atendidos e sem risco de morte; e dois agentes tomados como reféns. Mas o que chama mesmo a atenção é a banalização das rebeliões, mostrando que não há comando e a segurança interna dos presídios é muito frágil; e o grande refém é na verdade o governo de Beto Richa (PSDB), que não tem força para fazer frente ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
No meio dessa confusão, quem mais sofre são os agentes penitenciários! que! estão convocando uma manifestação para a próxima quarta-feira (22) em Curitiba. Eles pedem mais segurança para executarem seu trabalho e protestam contra a gestão administrativa do sistema penitenciário, indicando que o grande culpado pela insegurança nos presídios é o governo do estado.
A manifestação de quarta-feira está marcada para as 9 horas da manhã em frente ao Palácio Iguaçu.