No Dia do Professor, educadores lançam manifesto em apoio a Dilma

"Muitos de nós votamos em Dilma no 1!° turno. Outros aderentes desta carta votaram em outros candidatos. Porém, há algo que nos unifica: a rejeição completa de tudo o que representa Aécio Neves e seu partido, o PSDB!", diz um trecho da carta-manifesto de apoio a Dilma, lançado neste dia 15 de outubro, Dia do Professor, subscrito por 80 profissionais da educação do Colégio Estadual do Paraná (CEP), o maior do Paraná, que ainda pode receber adesões de todo o país por meio de comentários neste tópico do Blog do Esmael; abaixo, leia a íntegra do documento e subscreva-o.
“Muitos de nós votamos em Dilma no 1!° turno. Outros aderentes desta carta votaram em outros candidatos. Porém, há algo que nos unifica: a rejeição completa de tudo o que representa Aécio Neves e seu partido, o PSDB!”, diz um trecho da carta-manifesto de apoio a Dilma, lançado neste dia 15 de outubro, Dia do Professor, subscrito por 80 profissionais da educação do Colégio Estadual do Paraná (CEP), o maior do Paraná, que ainda pode receber adesões de todo o país por meio de comentários neste tópico do Blog do Esmael; abaixo, leia a íntegra do documento e subscreva-o.
“Nenhum voto em Aécio!”. Essa é uma das primeiras frases da Carta Aberta de Educadores do Colégio Estadual do Paraná (CEP), o maior do estado, que neste dia 15 de outubro, Dia do Professor, lançaram o documento em apoio à  reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT).

“Muitos de nós votamos em Dilma no 1!° turno. Outros aderentes desta carta votaram em outros candidatos. Porém, há algo que nos unifica: a rejeição completa de tudo o que representa Aécio Neves e seu partido, o PSDB!”, diz um trecho da carta-manifesto subscrito por 80 profissionais da educação, que ainda pode receber adesões de todo o país por meio de comentários neste tópico do Blog do Esmael.

Os profissionais da educação do CEP veem risco de retrocesso em caso de vitória do PSDB no segundo turno. Eles apontam o desejo do presidenciável Aécio Neves cobrar mensalidades em universidades públicas e risco para o Piso Nacional do Magistério, bem como os investimentos previstos para área pelo governo Dilma.

O manifestado dos educadores também vê um novo Congresso Nacional eleito mais conservador dos últimos 50 anos, com futuros parlamentares sem vínculos com as lutas sociais, o que seria uma contradição com os protestos que sacudiram o país em junho de 2013.

Abaixo, leia a íntegra da Carta Aberta e confira quais educadores do CEP já estão com Dilma:

CARTA ABERTA DE EDUCADORES DO COLà‰GIO ESTADUAL DO PARANà (CEP)
O futuro da educação e do país está em nossas mãos!
NESTE 2!° TURNO, NENHUM VOTO EM Aà‰CIO! VOTAMOS DILMA!

Economia

Ano passado, durante as manifestações de junho, iniciadas pelo descontentamento de milhares de jovens e trabalhadores contra o aumento das passagens de ônibus e que transbordaram para diversos temas como melhorias nos serviços públicos em geral, uma onda espalhou-se pelo país. O sentimento de mudança e descontentamento com as nossas instituições políticas foi a tônica. O sentimento era: com esse Congresso e com nossas atuais instituições, não dá!

Contraditoriamente a esse sentimento de mudança, foi eleito o Congresso Nacional menos ligado as lutas sociais e mais conservador desde 1964 (dados do DIAP), passando de 220 para 280 parlamentares empresários (+27%), 130 para 160 ruralistas (+23%). Já os sindicalistas caíram de 83 para 46 (-44%). Houve crescimento de deputados ligados a setores homofóbicos e militares (do lobby da indústria de armas).

A presidenta Dilma, à  época das manifestações de junho de 2013, respondeu que para mudar é preciso mudar as instituições! e propôs uma Constituinte para uma reforma política.

A reforma política é fundamental para mudarmos os atuais mecanismos de representação no Congresso dominado pelo poder econômico e que trava pautas como reforma agrária, reestatizações, mais verbas para -e apenas- os serviços públicos, desmilitarização das PM’s.

No entanto, sem uma reforma política que acabe, por exemplo, com o financiamento privado de campanhas, estabelecendo o financiamento igualitário e público de campanha ou o voto em lista partidária para se impedir o voto ratinho! e fortalecer o voto programático/ideológico, sem reforma, nada mudará!

A presidenta Dilma acenou com a reforma política. Cerca de 8 milhões de brasileiros na semana de 7 de setembro votaram 97% pelo SIM no Plebiscito Popular pela Constituinte Exclusiva e Soberana pela Reforma Política. Essa força social deve ser dirigida à  candidata que, ao nosso ver, reúne as condições de levar adiante tal proposta.

Muitos de nós que assinamos este texto temos diferentes avaliações sobre o governo Dilma. Muitos de nós votamos em Dilma no 1!° turno. Outros aderentes desta carta votaram em outros candidatos. Porém, há algo que nos unifica: a rejeição completa de tudo o que representa Aécio Neves e seu partido, o PSDB!

Na análise dos projetos de Estado que representam as duas candidaturas, percebe-se claramente que Dilma representa a continuidade do fortalecimento das políticas sociais, entre essas as da educação. Neste último período tivemos o início de um processo de recuperação da valorização dos profissionais da educação brasileiros com a Lei Nacional do Piso dos professores, conquista histórica da categoria. Foi neste governo que tivemos o primeiro programa de profissionalização dos funcionários de escola, o Profuncionário.

O candidato Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, representa nestas eleições o retrocesso: o ideário do neoliberalismo e do Estado mínimo. O candidato Aécio Neves/PSDB representa a política direta do capital internacional interessado na privatização do patrimônio público, nas terceirizações e ataque à s carreiras (travestidas de bônus por mérito), no controle direto do mercado! da política monetária (fixação das taxas de juros) através da independência do Banco Central (defendido por Marina e em seguida por Aécio) com graves consequências para os serviços públicos (a relação dívida pública/orçamento público tenderia a aumentar).

Samuel Pessoa, membro da equipe de campanha de Aécio defendeu a privatização da Universidade pública (Folha de SP, 29/06) através de cobranças de taxas ou mensalidades. Trata-se de uma tese pronta para, caso Aécio/PSDB vença as eleições, ser apresentada como solução para os problemas financeiros nas Universidades.

O contraste entre esse modelo privatista do PSDB e o que conseguimos avançar na educação nos governos Lula e Dilma é gritante. Criaram-se 18 novas Universidades federais e 173 campi nos últimos 12 anos. Nos 08 anos do governo do PSDB (1995-2002) não foi criada NENHUMA Universidade federal!

Nos últimos 12 anos, dobrou o número de matrículas nas Universidades brasileiras e milhares de estudantes tiveram a oportunidade de estudar no exterior pelo programa Ciência sem Fronteiras. O orçamento federal do setor cresceu 223%, passando de R$ 18 bilhões para R$ 112 bilhões. No governo Lula, foram criadas 214 novas escolas da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. No governo Dilma, foram mais 208 escolas. Em apenas 12 anos, a rede de educação profissional federal saltou de 140 escolas em 119 municípios para 562 em 507 municípios.

Os recursos para a educação precisam continuar sendo ampliados. O PNE (Plano Nacional de Educação) aprovado no governo Dilma, prevê aumento para 10% do PIB (cerca de R$ 200 bilhões a mais) no investimento em educação. à‰ fundamental que o Pré-sal esteja sob controle estatal para garantir que 75% dessas verbas possam ir para a educação e 25% para a saúde (como aprovado pelo governo Dilma).

O Piso salarial para os educadores precisa ser implementado em todo o país, e as condições de trabalho dos educadores precisam ser melhoradas. Portanto, para nós, Dilma representa a manutenção das conquistas e a garantia de novos avanços necessários para a educação pública de qualidade e para a construção de um país mais justo, solidário e democrático.

Por isso, nós, educadores do Colégio Estadual do Paraná, declaramos e indicamos voto em Dilma. Pelo projeto de Estado que ela representa, pelos avanços conquistados e por tantos outros que apenas nossa luta poderá obter. Contra o retrocesso e a favor das reformas sociais que o povo necessita, no dia 26 de outubro é Dilma Rousseff, presidenta do Brasil.

Curitiba, 15 outubro de 2014.

Assinam os educadores do CEP:

Ana Cristina M. de Souza (Arte)
André Barroso da Veiga (Arte)
André Meireles (Arte)
Cristine Amorin (Arte)
Janine Schneider (Arte)
Luís Lopes (Arte)
Ariane Corrêa Barbosa (Biologia)
Cláudio Teixeira (Biologia)
Fernando Machado Vieira (Biologia)
João Carlos G. de Almeida (Biologia/Ciências)
Joseth Franco Vieira de Oliveira (Biologia)
Ronualdo Marques (Biologia)
Clarice F. Dietrich Martins (Educação Física)
Cláudio C. Nielsen (Educação Física)
Fabiane C. de Freitas (Educação Física)
Itamar Santos da Silva (Educação Física)
Paulo Cesar Santos Clazer (Educação Física)
Myriam Schoz de Andrade (Educação Física)
Telma Angélica R. de Souza (Educação Física)
Dirlô Saldanha (Filosofia)
Eli de Abreu Passos (Filosofia)
Leonardo Camargo (Filosofia)
Roberto Blatt (Filosofia)
Robson A. Gaievski (Filosofia)
Valéria C. Bercini (Filosofia)
Vilma L. Dolinski (Filosofia)
Wilson José Vieira (Filosofia)
Albano Sampaio (Física)
Juliana Loch (Física)
Rafael Felipe Pszybylski (Física)
Daniel José G. Pinto (Geografia)
Eduardo Gonçalves (Geografia)
Telma S.B. (Geografia)
Carlos Roberto Benites (História)
Cleusa M. Fuckner (História)
Elias Rigoni (História)
Jacir de Melo (História)
Jorge Ferreira de Souza (História)
Mara Barbosa (História)
Mariana Rocha Zacharias (História)
Rosa Gianotto (História)
Rubens Tavares (História)
Vanessa Mesquita Sandim (História)
Emanuel Goetzke (Inglês)
Givanete Ramalho (Inglês)
Karla K. Schwarz (Intérprete de Línguas)
Polyanny dos Reis (Inglês/Português)
Rosália Noernberg (Inglês)
Susi Husak (Inglês)
Adriano Smaniotto (Língua Portuguesa)
Arlete Dolny (Língua Portuguesa)
Jefferson Luiz Franco (Língua Portuguesa)
Rodolfo Hinz Junior (Língua Portuguesa)
Andressa Santo (Matemática)
Enzo A. Souza (Matemática)
Felippe Carniel Sirtoni (Matemática)
Gilda Elena Kluppe (Matemática)
Glicéria D. Polak (Matemática)
Mara Viviane Camargo (Matemática)
Paulo Rogério Hoffmann (Matemática)
Tereza Cristina Vriesman (Matemática)
Tony Márcio Groch (Matemática)
àurea M. Nóbrega (Pedagoga)
Camila Grassi Mendes de Faria (Pedagoga)
Elisa Molli (Pedagoga)
Elisane Fank (Pedagoga)
Márcia G. Guerreiro de Freitas (Pedagoga)
Meire Donata Balzer (Pedagoga)
Rosemeri Schier (Pedagoga)
Thiago Mendes (Produção de àudio e Vídeo)
Sônia A. B. Casath (Química)
Affonso Cardoso Aquiles (Sociologia)
Eliana M. dos Santos (Sociologia)
Fernando J. Ciello (Sociologia)
Lívia Cruz (Sociologia)
Luciana Oliveira (Sociologia)
Marilda K. Lacerda (Sociologia)
Murilo C. Erhig (Sociologia)
Ney Jansen (Sociologia)
Priscila M. Drosdek (Sociologia)
Tatiana Lemos Azevedo (Sociologia)

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