Coluna do Ricardo Mac Donald: Primeiro ou segundo turno?

Ricardo Mac Donald, em sua coluna desta sexta-feira, deixa de lado assuntos administrativos para analisar o cenário pré-eleitoral no Paraná; ele aponta os erros e acertos nas campanhas de Richa, Requião e Gleisi; colunista estranha que, diferente de outras disputas, os candidatos tenham se desvinculados dos presidenciáveis; entretanto, capitão do time do prefeito curitibano Gustavo Fruet (PDT), com a experiência da eleição de 2012, não fecha um palpite e deixa uma pergunta no ar: Primeiro ou segundo turno?!; leia o texto e compartilhe.
Ricardo Mac Donald, em sua coluna desta sexta-feira, deixa de lado assuntos administrativos para analisar o cenário pré-eleitoral no Paraná; ele aponta os erros e acertos nas campanhas de Richa, Requião e Gleisi; colunista estranha que, diferente de outras disputas, os candidatos tenham se desvinculados dos presidenciáveis; entretanto, capitão do time do prefeito curitibano Gustavo Fruet (PDT), com a experiência da eleição de 2012, não fecha um palpite e deixa uma pergunta no ar: Primeiro ou segundo turno?!; leia o texto e compartilhe.
Ricardo Mac Donald*

Tenho usado este espaço para temas da administração pública, mas à  véspera das eleições, vale a pena observar os principais concorrentes:

Beto Richa !“ errou num primeiro momento ao apostar todas as fichas no PMDB. Depois fez valer a estrutura do governo e sua base política, fundamentada em prefeitos e deputados estaduais, mais o grande tempo de televisão que possui.

Requião !“ no impulso do erro do Beto, cresceu, mas cresceu rápido demais. Em 30 dias de campanha empatava tecnicamente com o governador. Nesse caso, o difícil é sustentar o cenário até o dia da eleição. E não é repetindo velhas formas que isto ocorre. Mas Requião foi sempre o seu único marqueteiro.

Gleisi !“ sem dúvida, a candidata mais leve para fazer campanha, mas com dificuldades para passar ao eleitorado uma marca, uma idéia forte que a identificasse claramente com os anseios mudancistas. Creio que acerta agora, na reta final, como fez no último debate.

Curioso é o comportamento dos três com relação aos candidatos à  Presidência da República. Em 1960, Ney Braga cresceu e ganhou as eleições com a dupla Janio e Ney. Mais recentemente, Martinez, candidato reconhecidamente sem expressão, foi empurrado por Collor a um segundo turno, deixando para trás gente da estatura de um José Richa. E Requião venceu o Osmar Dias no photo chart, graças à  ajuda do Lula.

Economia

Agora, o que se viu durante toda a campanha foi um descasamento ou uma relação sem compromisso entre estes personagens: Marina, no Paraná, ficou à  procura de um candidato a governador; Aécio desapareceu num primeiro momento, ressurgindo somente agora, quando mostra algum crescimento nas pesquisas; e Dilma, que vence ou empata no Paraná, provavelmente tem seus eleitores divididos entre os principais candidatos ao governo do Estado.

E se Dilma está dando um banho na televisão, aqui o programa que mais se assemelha ao dela (não discuto se ocasional ou intencional) é o do Beto.

Enfim, atravessaremos o Rubicão no domingo e, a essa altura, a sorte já está lançada.

*Ricardo Mac Donald Ghisi é advogado, secretário Municipal de Governo de Curitiba. Escreve à s sextas no Blog do Esmael.

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