Requião Filho*
Em primeiro lugar, passado o período eleitoral, aproveito a coluna para agradecer a confiança em mim depositada nas urnas e me comprometo, em mais esta oportunidade, a trabalhar com garra e coragem pelo Estado do Paraná.
Seguindo atentamente o andamento de toda a engrenagem, venho mostrar indignação com algumas notícias que passaram a surgir na imprensa nesta semana.
Acabaram as eleições para o Governo do Estado e de repente, não mais que de repente, a mídia paranaense passou a enxergar novamente o Paraná !“ O Paraná real.
A mídia noticiou que escolas no Paraná estão desde 2013 com laudos informando a situação precária e nada foi feito (clique aqui); a escola está abandonada, destruída e o governo sabe disso desde o ano passado e nada fez.
Mas o que me incomoda é que a imprensa que nos últimos meses tanto elogiou e tanto defendeu só venha agora saber dessas pautas depois do período eleitoral. O bombeiro interditou a escola de tão feia a situação, será que ficou tão ruim do dia 05 de outubro para cá?
Outra realidade que só veio à tona depois da campanha eleitoral foi o aumento absurdo em casos de homicídios em Curitiba. Os homicídios disparam em Curitiba e crescem 15% em relação ao ano passado.
Será que cresceram tanto só do dia 05 pra cá? Veja o que diz um trecho da matéria sobre o atual modelo de segurança pública do Governo: Um oficial de alta patente da Polícia Militar do Paraná criticou o modelo de segurança pública do Paraná. Como tem um posto de confiança, pediu para não ter o nome identificado. Segundo ele, as Unidades Paraná Seguro são deficitárias e não adianta mudar o programa se o ciclo completo de polícia não for implantado!.
A realidade vista por esse grupo de comunicação mudou muito depois do sufrágio, agora publica sociólogos relatando que o modelo de segurança pública brasileiro e as políticas estaduais para a área estão equivocados!. Segundo ele, o programa Unidade Paraná Seguro (UPS) já não tem mais impacto.
São tentativas. A polícia faz operações, iniciou as UPSs, mas não altera a política pública de fato!, explicou Bueno. Na avaliação dele, é mais do mesmo. Não há política pública [existente] hoje capaz de reverter esses índices inadmissíveis! (sociólogo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUCPR, Cézar Bueno).
Agora depois do pleito o Paraná volta a ser desnudado, os interesses pessoais já foram atingidos, não mais interessa mascarar a realidade paranaense da falta de Estado, da falta de programas sociais, falta de planejamento urbano (regularização fundiária)… Bem, deu para entender que a bruma que cegou a mídia ou era eleitoreira ou atendia a uma pauta.
Contem comigo para daqui para frente me ater aos fatos e trazer à luz barbáries como essas. Meus olhos não serão cegados por troca de cargos e favores, meus ouvidos estarão atentos à s criticas e sugestões de nossa população e minha voz jamais se calará diante da falta de governo e de propostas que prejudiquem o povo paranaense.
Oposição clara e firme, de forma inteligente com base em fatos e estudando bem as matérias. Não é fazer oposição pela oposição. Quando e SE vier alguma proposta do governo que traga benefícios ao nosso povo podem ter certeza que o meu apoio será imediato.
*Requião Filho é advogado, deputado estadual eleito pelo PMDB, especialista em políticas públicas. Escreve à s quintas no Blog do Esmael.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.