do Brasil 247
A vitimização da candidata do PSB, Marina Silva, tem interditado o debate político durante a campanha presidencial. A avaliação é da jornalista Tereza Cruvinel, que aborda o tema em novo artigo no blog do 247. “Se toda divergência ou crítica for tomada como ofensa por um dos candidatos, as diferenças não se explicitam, o debate não flui e perde o eleitor a oportunidade de escolher com mais racionalidade”, diz ela.
Neste fim de semana, Marina chorou ao falar das críticas que teria recebido do ex-presidente, em entrevista à Folha de S. Paulo, e tem se colocado como vítima de uma “frente” montada por seus adversários, que querem desconstruir sua imagem, conforme afirma. Dilma disse considerar “alto nível discutir proposta”, negando interpretações de que estaria atacando Marina Silva. “Uma eleição é onde se tem debate”, acrescentou a presidente.
As críticas direcionadas à candidata, no entanto, são todas !“ ou quase todas !“ baseadas no que foi dito por ela ou escrito em seu programa de governo, diz Tereza Cruvinel. Marina “alimenta a aura de ‘coitadinha'”, opina a jornalista, que descreve seu discurso como de “auto-compadecimento”. Ela alerta, porém, para a “escorregada” de Dilma, que em sua opinião, passou “da crítica de conteúdo para o uso de um adjetivo pejorativo contra a adversária” quando falou que “coitadinho” não pode chegar à Presidência.
Leia a íntegra em Vitimização interdita o debate
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.