Veja essa: Professores aprovados em concurso do Estado terão de provar que não são “doidões”

O concurso público do magistério estadual entrou na fase em que os aprovados estão sendo chamados a realizar uma série de avaliações médicas para finalmente assumirem os cargos e começarem a trabalhar. Mas um dos testes é motivo de polêmica, a avaliação psiquiátrica. Para assumirem os cargos como professores, os concursados terão que provar que não são doidos.
O concurso público do magistério estadual entrou na fase em que os aprovados estão sendo chamados a realizar uma série de avaliações médicas para finalmente assumirem os cargos e começarem a trabalhar. Mas um dos testes é motivo de polêmica, a avaliação psiquiátrica. Para assumirem os cargos como professores, os concursados terão que provar que não são doidos.

Os professores aprovados no concurso público do magistério estadual estão sendo chamados a realizar uma série de exames médicos com a finalidade de avaliar se estão aptos a assumirem as vagas pleiteadas. A avaliação psiquiátrica, um dos exames exigidos, está causando grande polêmica entre os aprovados. O que parece estar por trás dessa avaliação é o fato de o exercício do magistério no Estado causar uma série de doenças de carácter psicólogo e psiquiátrico. Essa avaliação psiquiátrica! já foi notícia no Blog do Esmael quando o governo encomendou o concurso.

Muitos dos aprovados já trabalham como professores no Estado e disso surge um questionamento: a avaliação psiquiátrica não seria uma forma de excluir do processo um contingente de educadores que está doente justamente por causa do exercício do magistério? Ou seja, na verdade, os problemas de saúde mental que afetam frequentemente os profissionais da educação são de caráter ocupacional, aqueles causados pelo próprio exercício da profissão devido à s péssimas condições de trabalho oferecidas aos profissionais dessa área.

A APP !“ Sindicato, entidade que representa os profissionais da educação do Estado, já identificou que é muito alto o índice de profissionais afastados de suas funções por doenças ocupacionais de origem psiquiátrica.!  O Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Paraná (Nesc/UFPR), em parceria com a APP, iniciou em 2012 um estudo! envolvendo equipe multidisciplinar para entender os fatores motivadores dos processos de adoecimento de professores da rede pública estadual de ensino com sofrimento mental, assim como verificar a sua relação com o trabalho.

Para obter dados que ajudem a entender essa questão, a APP !“ Sindicato está realizando uma pesquisa sobre a saúde mental dos professores. Mas, mesmo antes de se obter dados precisos, é evidente que as condições de trabalho precárias, jornadas excessivas, baixos salários, forte pressão por parte dos superiores, violência nas escolas, entre outros fatores, causam uma série de problemas psicológicos/psiquiátricos. O Governo não divulga os dados sobre afastamentos de profissionais para tratamento e aposentadoria por invalidez, mas fontes internas da SEED afirmam que os números são assustadores.

Agora, os novos professores e pedagogos vão ter que prestar exame pra provar que não são doidos. Tudo bem que é preciso zelar pela integridade dos estudantes e demais profissionais, mas o que parece mesmo é que o Governo quer garantias de que os novos educadores aguentem o rojão e demorem mais para enlouquecer.

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