Coluna do Ricardo Mac Donald: “Corrupção, burocracia ou ambos?”

Ricardo Mac Donald, em sua coluna desta sexta-feira, volta ao tema corrupção e burocracia na máquina pública brasileira; capitão do time do prefeito Gustavo Fruet, colunista cita artigo professor Claudio de Moura Castro, Doutor por Yale, publicado na última revista Veja; "Nada a acrescentar", afirma o capitão do time do prefeito Gustavo Fruet; leia o texto e compartilhe.
Ricardo Mac Donald, em sua coluna desta sexta-feira, volta ao tema corrupção e burocracia na máquina pública brasileira; capitão do time do prefeito Gustavo Fruet, colunista cita artigo professor Claudio de Moura Castro, Doutor por Yale, publicado na última revista Veja; “Nada a acrescentar”, afirma o capitão do time do prefeito Gustavo Fruet; leia o texto e compartilhe.
Ricardo Mac Donald*

Peço licença para interromper a série A Superestrutura do Estado! para trazer alguns trechos do ótimo artigo escrito pelo professor Claudio de Moura Castro, Doutor por Yale, publicado na última revista Veja.

Ele trata, com muito brilho, de temas que venho abordando com minhas poucas luzes. Mas ressalto que todos os tratadistas da atualidade, de uma ou outra maneira, estão a demonstrar que, se o Estado gastar toda a arrecadação para manter a máquina burocrática, sobrará pouco para atender quem paga: o povo brasileiro.

Diz o mestre em seu artigo Corrupção, burocracia ou ambos?:

Alguns remédios curam a doença, mas deixam estragos no organismo. Igualmente, o combate à  corrupção tem também efeitos colaterais sobre a sociedade e sobre o serviço público. As grandes realizações do Estado sempre foram feitas por administradores destemidos, navegando no limite do prudente e do legal. A barafunda legislativa, a burrice e a rigidez das regras de funcionalismo hoje impostas para coibir a corrupção fizeram da covardia a grande virtude de um dirigente público. Ministérios públicos e tribunais de contas pairam no cangote de quem quer fazer aquilo de que a sociedade precisa. Há uma paralisia decisória. Quem mereceria ser chefe ficou mais arredio. E, após as decisões, o caminho da implementação é pantanoso e traiçoeiro.

Jornais falam de atraso na execução de obras públicas. à‰ inexato, o atraso é mais na papelada que vem antes dela. As exigências legais são tortuosas e descabidas, as licitações empacam, há impugnações.!

Economia

Qual o resultado? Pega-se um ou outro ladrão de galinha e escapam incólumes os salafrários mais espertos. Parafraseando Ortega y Gasset, na ânsia de impedir o abuso, pune-se o uso. A vida se complica para todos. O cidadão comum tropeça a cada passo com o mundo da burocracia. Se começam, as obras públicas não acabam. O paquiderme não anda…!

Mas há consertos. Em primeiro lugar, é preciso mais inteligência e pragmatismo nas regras burocráticas. As formas de dirimir conflitos devem melhorar drasticamente. O controle tem de ser comensurável com a seriedade do potencial delito. Quem merece mais confiança deveria ser confiado. Despesas pequenas, danos pequenos, controles pequenos.!

Para consertar, porém, o exemplo precisa vir de cima. Necessitamos de lideranças que ponham a moralidade pública e o bem-estar da sociedade acima dos interesses eleitoreiros. E que deem o exemplo de bom governo. O resto acontece.!

Nada a acrescentar. Nos vemos na próxima.

*Ricardo Mac Donald Ghisi é advogado, secretário Municipal de Governo de Curitiba. Escreve à s sextas no Blog do Esmael.

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