Enio Verri*
A última semana marcada pela tragédia que vitimou sete pessoas, entre elas, o presidenciável Eduardo Campos também foi de ótimas notícias para o Brasil. Pesquisadores brasileiros financiados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) foram premiados em grandes eventos nacionais.
O matemático Artur àvila Cordeiro de Melo, bolsista de produtividade em pesquisa nível 1A do CNPq, recebeu a Medalha Fields, conhecida como o prêmio Nobel da Matemática. Este é reconhecimento mais importante do brasileiro, constantemente premiado nos últimos dez anos.
A medalha, concedida pela União Internacional de Matemáticos (IMU), foi entregue no Congresso Internacional de Matemáticos e refere-se à contribuição à teoria dos sistemas dinâmicos unidimensionais. à‰ o primeiro pesquisador brasileiro e da América Latina a conquistar o prêmio Nobel da Matemática.
Na mesma semana, outro ótimo resultado para o País. Os brasileiros que disputaram a 8!ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica voltaram para casa com uma medalha de prata, duas de bronze e três menções honrosas.
Em Suceava, na Romênia, os pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos e Eugênio Reis, do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast/MCTI) conquistaram a inédita medalha de prata na prova de equipe. A competição reuniu 183 estudantes de 42 países.
Os resultados exuberantes não são obras do acaso ou de pura sorte. à‰ fruto de uma política de desenvolvimento do ensino superior e de pesquisa científica implantada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aprofundada pela presidente Dilma Rousseff.
O tripé do desenvolvimento da tecnologia e inovação na área de pesquisa brasileira é fundado em uma política que envolve recursos financeiros massivos, expansão das universidades públicas e acesso ao ensino superior e o intercâmbio de conhecimento.
O pontapé inicial passa por investimentos no setor. O Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação, lançado pelo presidente Lula, tratou de resolver o primeiro aspecto e investiu aproximadamente R$ 40 bilhões em pesquisa e inovação.
Atrelado aos investimentos massivos em pesquisa, Lula e Dilma ainda ampliaram o número de vagas no ensino superior e de instituições federais pelo interior do País. Ao todo, foram criadas mais de 15 universidades públicas, cerca de 150 campi de instituição federais e mais de 200 escolas técnicas.
A ampliação de instituições de ensino superior esteve atrelada a democratização do acesso à universidade. Com o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Programa de Financiamento Estudantil (FIES), brasileiros que em outras épocas não poderiam ter uma graduação, passaram a ter a oportunidade de cursar uma faculdade.
A presidente Dilma ainda criou o Ciência Sem Fronteiras (CSF), que concede bolsa de estudos no exterior com o objetivo de intercâmbio de conhecimento e impulso da competitividade brasileira.
Os bons resultados pelo Brasil afora é fruto de um governo que planeja o desenvolvimento tecnológico, da inovação e da competitividade sob um olhar a longo prazo e sustentado por uma política séria e compromissada com o futuro do nosso País.
*Enio Verri é deputado estadual, presidente do PT do Paraná e professor licenciado do departamento de Economia da Universidade Estadual do Paraná. Escreve nas terças sobre poder e socialismo.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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