A praga da judicialização do debate eleitoral poderá matar a política, pois os grandes escritórios de advocacia ganham mais importância que os candidatos a cada eleição, as propostas e o próprio marketing ficam secundarizados devido ao protagonismo dos tribunais.
A penúltima é que o advogado Ogier Buchi, candidato ao governo do Paraná pelo PRP (Partido Republicano Progressista), colocou a senadora Gleisi Hoffmann (PT) no paredão antes de o jogo começar a ser jogado. O ex-comentarista do Jornal da Massa quer tirar a moça pelo tapetão, cassando-lhe a candidatura.
Ogier alegou no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que a petista perdeu o prazo para o registro da chapa cuja data fatal para as convenções foi 30 de junho. Ele aponta que o vice de Gleisi, Haroldo Ferreira (PDT), fora indicado somente em 2 de julho.
O advogado Luiz Fernando Pereira, coordenador jurídico da campanha de Gleisi Hoffmann, contesta o pedido de impugnação do PRP. Segundo ele, é natural que os partidos deem poderes para as executivas celebrarem coligações até a data-limite para o registro das candidaturas, que é 5 de julho.
A política não pode ser reduzida à disputa jurídica, onde prevalece o tapetão e a melhor estratégia nos tribunais. à‰ preciso resgatar a soberania do voto do povo, que deve escolher seus dirigentes em todas as esferas públicas com a menor interferência possível de outros poderes !“ especialmente do Judiciário.
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