Coluna do Ricardo Gomyde: A força das emoções no esporte e na política

Controle emocional é fundamental também na política. Aceitei o desafio de participar de um time que pretende renovar o Paraná. E é sobre este tema que dedicarei minhas próximas colunas!, afirma Ricardo Gomyde em sua coluna deste sábado; antes, porém, hoje ele aborda a importância do acompanhamento psicológico dos atletas e defende o controle das emoções na disputa pelo poder; leia o texto e compartilhe.
Controle emocional é fundamental também na política. Aceitei o desafio de participar de um time que pretende renovar o Paraná. E é sobre este tema que dedicarei minhas próximas colunas!, afirma Ricardo Gomyde em sua coluna deste sábado; antes, porém, hoje ele aborda a importância do acompanhamento psicológico dos atletas e defende o controle das emoções na disputa pelo poder; leia o texto e compartilhe.
Ricardo Gomyde*

As condições emocionais exercem grande influência no desempenho físico dos atletas. Estudos realizados por universidades de vários países comprovam que escalar um profissional especializado em psicologia vem se tornando uma das novas exigências dos técnicos quando vão escalar as equipes para competir.

Em uma pesquisa feita na Alemanha, em 2013, um grupo de atletas participou de experimentos que induziam a cinco estados emotivos (felicidade, raiva, ansiedade, tristeza e uma emoção neutra) a partir de lembranças de experiências pessoais. Resultado: os atletas produziram as melhores performances físicas ao lembrar emoções de felicidade.

A influência das emoções nos resultados esportivos também foi objeto de estudo da Universidade Autônoma do Chile em parceria com o Instituto Nacional de Educação Física da Catalunha e a Universidade de Lleida, na Espanha. Nesta pesquisa foram reunidos 112 jogadores das categorias futebol, basquete, hóquei em patins e handebol.

Os participantes deveriam responder questionários para avaliar as emoções experimentadas e as estratégias usadas para lidar com os sentimentos negativos. Numa proporção, o estudo encontrou que os jogadores dizem sentir mais esperança (41,3%), ansiedade (17,4%), ira (13,8%) e aborrecimento (11%) após um mal resultado.

Este estudo concluiu que o suporte emocional aos atletas pode ajudar a controlar o estresse, manter a motivação e o espírito de equipe na busca de soluções compartilhadas. Em resumo: 1) a emoção é um fator que altera o desempenho esportivo e 2) conseguir algum controle emocional efetivo pode ser a chave para a vitória.

Economia

Durante a recente Copa do Mundo, algumas seleções como a alemã e a inglesa conservaram um psicólogo próximo à  equipe, em tempo integral. A seleção brasileira consultou uma psicóloga em algumas ocasiões, mas chegou a receber críticas por isso. Neste caso, as críticas eram injustas.

No momento em que o Brasil troca o comando da seleção de futebol, considero importante levar em conta as novas exigências de apoio emocional aos atletas. Afinal, o futebol se tornou num fenômeno global que se impõe a todos os povos. Ainda há pouco vimos como o calendário da Copa condicionou quase todas as outras temporalidades, fossem elas sociais, políticas ou escolares.

A força e a influência da Copa mostrou, mais uma vez, que é por meio do esporte que as nações expressam a sua existência coletiva. Isso significa, ou deveria significar, a garantia de suporte emocional aos atletas que não devem ser abandonados à s angústias da atomização individualista, ou à s ansiedades da globalização planetária.

Controle emocional é, portanto, fundamental. Também na política. Aceitei o desafio de participar de um time que pretende renovar o Paraná. E é sobre este tema que dedicarei minhas próximas colunas. Até lá!

*Ricardo Gomyde, especialista em políticas de inclusão social, foi membro da Comissão Organizadora da Copa do Mundo no Brasil em 2014. Escreve nos sábados no Blog do Esmael.

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