do Brasil 247
Em coletiva de imprensa concedida após a plenária da VI Cúpula dos Brics, em Fortaleza (CE), na noite desta terça-feira 15, a presidente Dilma Rousseff rebateu a tese de que o novo banco de desenvolvimento e o arranjo contingente de reservas, pelos países do bloco !“ Brasil, Rússia, China, àndia e àfrica do Sul !“ foram criados para fazerem frente ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e ao Banco Mundial.
“Essas instituições não são contra ninguém, elas são a nosso favor, é uma outra perspectiva. Elas são a favor dos países Brics, mas também são a favor dos países em desenvolvimento”, afirmou. Dilma garantiu que o banco e o arranjo contingente olharão com atenção para países em desenvolvimento com regras bastante claras e firmes a respeito da sustentabilidade econômicas das instituições.
A presidente também disse que o Brasil não perde ao não presidir o Banco dos Brics. Segundo ela, houve um consenso entre os países para que a àndia indicasse o primeiro presidente por ter sido o país que propôs a instituição. “O banco foi fruto de um grande consenso e terá um novo imenso poder de alavancar recursos”, ressaltou. Sobre a sede em Xangai, Dilma disse que o primeiro-ministro da China, Xi Jinping, está empenhado em definir um local o mais cedo possível.
“A àndia propôs o Banco dos Brics e nós propusemos o Acordo Contingente de Reservas. Então, todos nós consideramos que era justo que a primeira presidência ficasse com o país que tinha proposto, no caso, a àndia, foi justamente isso. A segunda presidência, no rodízio, seria, então, do Brasil. E o Acordo Contingente de Reserva não tem presidência, mas é bom que se diga que foi uma iniciativa do governo brasileiro, ao longo desse tempo”, explicou.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse também nesta terça-feira que outros países emergentes já estão interessados em participar do recém-criado banco de desenvolvimento do Brics. Ele afirmou ainda que a nova instituição não vai competir com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outros bancos de fomento para financiamentos, como os voltados para infraestrutura.