Na próxima sexta-feira, dia 20, o PMDB vai à tão esperada convenção estadual. Serão 596 votos de convencionais que definirão entre a candidatura do senador Roberto Requião e a coligação com o PSDB do governador Beto Richa.
Para o mundo da política, a final da “Copa do Mundo” será daqui a quatro dias no Clube da Urca, no bairro Ahú, em Curitiba, das 9h à s 15h. Muitos acreditam que o resultado do evento peemedebista poderá “antecipar” o resultado das eleições de 5 de outubro.
Se aprovar candidatura própria de Requião ao Palácio Iguaçu, o PMDB poderá arquivar o governo tucano antecipadamente. Agora, se os convencionais afrouxarem o sutiã! e permitir a coligação com o PSDB — tchau, tchau — a tendência é de reeleição a Richa no primeiro turno.
Ao longo desta semana, parte da bancada estadual do PMDB que flerta com o governador do PSDB promete um trunfo: anunciar a desistência do ex-governador Orlando Pessuti da luta pela candidatura própria e apoio à reeleição de Richa.
Requião, por sua vez, afirma que vence a parada contra tudo e todos com 85% dos votos dos convencionais. Ele disse que sua segurança no resultado é respaldada pela base partidária, “sem os deputados ‘picaretas’ que já estão correndo risco nas suas respectivas eleições”.
O eleitor perdoa o pecado, mas jamais perdoa o pecador!, filosofa Rodrigo Rocha Loures, membro da executiva nacional do PMDB e defensor da candidatura de Requião. Segundo ele, a coligação com o PSDB contraria a orientação do partido.
Nessa guerra entre candidatura própria e coligação com o PSDB, o time requianista vem denunciando ao longo das últimas semanas a Operação Trinta Dinheiros!, comandada pelo Palácio Iguaçu, que teria como objetivo comprar convencionais peemedebistas.
O advogado Luiz Fernando Delazari, ex-secretário da Segurança nas duas gestões de Requião, ao Blog do Esmael, afirmou que está monitorando pessoalmente junto com a Polícia Federal os passos de corruptores e corrompidos. Ele não descarta, inclusive, prisões de parlamentares e delegados que participarem de esquema para favorecer Richa.
Na semana passada, o deputado João Arruda estourou um esquema de troca de voto na convenção do PMDB por cargos comissionados, de R$ 7 mil ao mês, no Porto de Paranaguá. Um dos delegados denunciou a operação à Polícia Federal. O parlamentar apontou o dedo diretamente para o governador Beto Richa, principal beneficiário com a corrupção eleitoral com dinheiro público.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.