Requião apresenta a Dilma bases de um Plano de Governo Nacional

Senador paranaense Roberto Requião vai à  convenção nacional do PMDB, no próximo dia 10, levando um Plano de Governo Nacional à  aliança pela reeleição da presidenta Dilma Rousseff; documento tem forte pegada no nacionalismo, na geração de empregos e na manutenção das conquistas sociais dos governos do PT; pelo Twitter, nesta quarta, senador peemedebista afirmou que Aécio e Campos não têm proposta ao país.
Senador paranaense Roberto Requião vai à  convenção nacional do PMDB, no próximo dia 10, levando um Plano de Governo Nacional à  aliança pela reeleição da presidenta Dilma Rousseff; documento tem forte pegada no nacionalismo, na geração de empregos e na manutenção das conquistas sociais dos governos do PT; pelo Twitter, nesta quarta, senador peemedebista afirmou que Aécio e Campos não têm proposta ao país.
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) vai apresentar na Convenção Nacional do PMDB, no próximo dia 10, em Brasília, propostas fornecendo as bases de um Plano de Governo para a coligação dos partidos que forma a aliança pela reeleição da presidente Dilma.

Na manhã desta quarta-feira (4), pelo Twitter, Requião afirmou que Dilma deverá ser reeleita porque os adversários Aécio Neves não têm propostas ao país.

A seguir, confira a íntegra do documento de Requião:

Na renovação da aliança do PMDB com o PT, temos a oferecer bem mais que os preciosos minutos da propaganda na televisão e no rádio. Além de revalidar a candidatura de Michel Temer a vice-presidente, queremos mais, queremos participar efetivamente do governo do país.

Queremos participar com ideias e propostas.

Economia

Temos um plano, cujo resumo vem a seguir. O núcleo fundador deste plano é a recuperação da capacidade de planejamento do Estado. Ao mesmo tempo, consideramos imperativo ir além do tripé em que se ancora atualmente a nossa a política econômica, com o exercício de uma ação efetiva de controle cambial e de total desindexação da economia.

São estes os pressupostos de uma verdadeira mudança:

No contexto nacional:

à‰ preciso construir uma política industrial fortemente suportada na ação pública, seja do ponto de vista do financiamento e da infraestrutura, seja do ponto de vista do ensino, da pesquisa e da inovação.

As iniciativas de desonerações e estímulos fiscais não podem continuar sendo pontuais, precisam ser globais, compreendendo toda a cadeia produtiva. Assim como não podem ser episódicas, conjunturais. Uma empresa precisa de dez anos ou mais para projetar o retorno do investimento. Como fazer isso sem saber o que poderá ocorrer nesse período em relação à  infraestrutura, à  política fiscal e à  regulação?

Temos que reindustrializar o Brasil, sustando o processo de primarização de nossa economia e suas consequências destrutivas. Junto com as iniciativas de retomada do desenvolvimento industrial, temos que criar um Plano Nacional de Formação e Qualificação dos Trabalhadores, fortalecendo e expandindo instituições públicas como o Pronatec e os IFECTs.

Temos que implantar um novo modelo de política de infraestrutura, sob controle do Estado; planejamento das ações nas áreas rodoviária, ferroviária, portuária, aeroportuária para atender adequadamente à s produções industrial e agrícola, à s necessidades das exportações e importações, e ao trânsito de pessoas.

O atual modelo de privatizações e concessões, uma vez que a lógica de sua operação é o lucro, não é compatível com os interesses do planejamento nacional.

Temos que ter uma política agrária que coloque no centro das ações o apoio à s pequenas e médias propriedades, e a viabilização e fortalecimento da agricultura familiar. Reabilitar o conceito de Reforma Agrária.

Temos que garantir efetivamente o acesso universal à  saúde e à  educação. A educação e a saúde dos brasileiros devem ser responsabilidade intransferível do Estado.

Forte apoio ao Programa Mais Médicos. Todos os brasileiros devem ter o direito ao atendimento médico.

Temos que garantir a manutenção, a extensão e o aperfeiçoamento das políticas compensatórias, como Bolsa Família e outras.

Temos que promover a democratização dos meios de comunicação social, que não podem ser objeto de monopólio ou oligopólio; a propriedade cruzada dos meios de comunicação é um atentado à  liberdade de opinião e à  democracia, na medida que sufoca e impede o contraditório, impondo a veiculação de um só ponto de vista; temos que garantir a regionalização das programações e produções da televisão e do rádio.

Instituir o Direito de Resposta, como forma de romper o monopólio de opinião e de restabelecer o contraditório e a verdade dos fatos.

No plano externo:

Política externa independente e progressista, voltada fundamentalmente para a integração latino-americana, contribuindo para o fortalecimento do Mercosul e da Unasul ; e a consolidação dos Brics .

Pela multipolaridade, contra a hegemonia.

Soberania, solidariedade, cidadania e desenvolvimento. Em síntese é o que representam as ideias aqui apresentadas. Muitas delas, como se viu, buscam reforçar políticas existentes, dando-lhes consistência e perenidade.

à‰ o que o PMDB tem a oferecer à  aliança. São os compromissos que o PMDB quer ver assumidos por seus parceiros. Este é o roteiro que propomos para o segundo mandato da presidente Dilma.

Soberania, solidariedade, cidadania e desenvolvimento.

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