As fortes chuvas que atingiram o Paraná desde a última sexta-feira trouxeram problemas para mais de 70 municípios, afetando cerca de 50 mil pessoas, com um saldo de dez mortes. Guarapuava (Centro) registra os maiores volumes de chuva de forma concentrada. Curitiba teve o maior número de pessoas desabrigadas e desalojadas.
Diferente da enchente que destruiu boa parte do litoral do Estado em 2011, dessa vez o governo reagiu com prontidão. Naquela oportunidade, a demora do governo em perceber a gravidade da situação revoltou a população de cidades como Morretes e Antonina. Moradores locais que perderam suas casas nos deslizamentos chegaram a esperar mais de dois! anos para terem uma casa novamente. Pontes e estradas também demoraram anos para serem reconstruídas.
Em reunião de emergência realizada no final da tarde de ontem (08) no Palácio Iguaçu, o governador Beto Richa (PSDB), a Defesa Civil e alguns secretários de Estado apresentaram um balanço. Hoje o governador assinará decreto de emergência para as 71 cidades. Ao decretar estado de emergência, há a dispensa de licitação para realizar obras emergenciais, o que facilita o socorro à população atingida pelas chuvas.
O governo do estado, com apoio do governo federal, deve oferecer ajuda humanitária com cestas básicas, colchões, lonas e cobertores. Em Curitiba e região as famílias estão sendo relocadas para escolas estaduais. A Defesa Civil abriu uma campanha de doações de colchões, cobertores, roupa de cama, fraldas, água, materiais de higiene e de limpeza, roupas e cestas básicas. As doações podem ser entregues nas unidades da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de qualquer cidade do Paraná.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.