via Aldeia GaulesaO Partido Pirata divulgou na rede uma importante revelação da “estratégia do caos” que o PSDB pretende levar a cabo para impulsionar a candidatura de Aécio Neves para a Presidência da República.
A organização da campanha presidencial de Aécio estaria apostando na insatisfação popular, greves e protestos para minar a aprovação de Dilma e do PT. Em um documento classificado como “confidencial” vazado ao público, registra que o comitê de campanha do PSDB estaria desejando capitalizar politicamente com a greve dos metroviários em São Paulo:
“Neste caso [greve de metroviários durante o Mundial] como já demonstrado em outras reuniões, não seremos submetido [sic] a pressão e principalmente no mundial, pois se for fazer greve no mundial, esperaremos que aconteça, afinal o PT vai sair como o partido que causou tudo no país.”
Portanto, não é mera coincidência a postura intransigente e agressiva de Alckmin com relação a greve. Quanto mais o “circo pegar fogo”, melhor para os cálculos políticos tucanos.!
“Será muito importante que a classe trabalhadora até o dia da eleição sinta toda a pressão da manifestações [sic]. Sempre vamos poder usar isso a nosso favor. Não podemos deixar que o cidadão de bem que trabalhou a vida toda para construir um patrimônio, pense que seremos omissos e medrosos.”
Os protestos e movimentos grevistas legítimos, serem utilizados em uma perspectiva eleitoral pela oposição ao governo Dilma, não é algo que não se imaginava e debatia, o que é importante e relevante da revelação material trazida pelo Partido Pirata,! é a forma deliberada como o PSDB pretende criar o “caos” para desgastar o governo e crescer eleitoralmente.
Seguramente outros agentes e setores estão envolvidos nesta estratégia. Não tivemos acesso a íntegra do documento, mas é de se supor que neste planejamento, para a tática ter sucesso, é previsto um papel central para a mídia. A cobertura midiática, neste sentido, tem sido peça fundamental para levar a cabo este plano. Um exemplo? Notem a forma como os problemas da gestão Alckmin, como o desabastecimento de água, são escamoteados e colocados como problemas da “natureza”, jamais como falta de planejamento e resultado de um modelo de gestão falido.
Assim como a cobertura da greve dos metroviários, não raro, observamos uma clara “criminalização” dos movimentos pela grande mídia e uma ausência de críticas a intransigência de Alckmin com os grevistas.
O documento é mais uma prova de que não se trata de uma “teoria da conspiração”, mas sim de uma estratégia política deliberada de semear o caos para colher os frutos de uma eventual vitória eleitoral tucana em outubro. O aspecto golpista desta política é evidente. Denunciar esta tentativa de manipulação tucana é urgente, um dever histórico que não podemos nos eximir.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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