Em alta, Aécio será alvo de Dilma e Campos

do Brasil 247

Enquanto a presidente irá provocá-lo sobre as "medidas impopulares" que pretende tomar, como uma eventual mudança na política de ganhos reais do salário mínimo, Eduardo Campos pretende rever, inclusive, alianças regionais, a começar por Minas Gerais; à  espera dos primeiros golpes, Aécio afirma que irá tomar "medidas impopulares para o PT, como acabar com a metade desses ministérios"; num recado endereçado a Campos, disse ainda que, ao contrário do socialista, representa a "mudança segura"; campanha deve esquentar nas próximas semanas e Aécio passará de estilingue a vidraça.
Enquanto a presidente irá provocá-lo sobre as “medidas impopulares” que pretende tomar, como uma eventual mudança na política de ganhos reais do salário mínimo, Eduardo Campos pretende rever, inclusive, alianças regionais, a começar por Minas Gerais; à  espera dos primeiros golpes, Aécio afirma que irá tomar “medidas impopulares para o PT, como acabar com a metade desses ministérios”; num recado endereçado a Campos, disse ainda que, ao contrário do socialista, representa a “mudança segura”; campanha deve esquentar nas próximas semanas e Aécio passará de estilingue a vidraça.

Ao comentar a pesquisa Datafolha divulgada ontem, que lhe deu quatro pontos a mais e um provável lugar no segundo turno, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) apontou como motivo as denúncias de corrupção, que desgastaram a imagem do governo Dilma. “As denúncias de corrupção influenciaram. Afinal, uma quadrilha estava levando a Petrobras à  situação de insolvência”, afirmou. Nas próximas semanas, no entanto, Aécio deixará de ser estilingue para se tornar vidraça. Passará a ser o alvo comum tanto da presidente Dilma Rousseff como do socialista Eduardo Campos.

Dilma já traçou sua estratégia. Irá questionar cada vez mais as “medidas impopulares” que o tucano sinalizou que tomaria, já no início de um eventual mandato. Essa revelação foi feita por Aécio num encontro com empresários, promovido pelo Lide, e depois detalhada numa entrevista de Armínio Fraga, provável ministro da Fazenda de um governo Aécio.! 

Um dos pontos citados por Armínio foi a contenção dos reajustes do salário mínimo. “à‰ outro tema que precisa ser discutido. O salário mínimo cresceu muito ao longo dos anos. à‰ uma questão de fazer conta. Mesmo as grandes lideranças sindicais reconhecem que, não apenas o salário mínimo, mas o salário em geral, precisa guardar alguma proporção com a produtividade, sob pena de, em algum momento, engessar o mercado de trabalho”, disse Armínio, que afirmou ainda que “o custo de não tomar medidas impopulares é maior do que o de tomá-las”. Ou seja: a estratégia, no governo, é tratar Aécio como um presidente de medidas recessivas e contra o trabalhador.

Enquanto isso, no PSB, Eduardo Campos passará a elevar o tom nas críticas ao tucano, que, até agora, o tratava como aliado !“ e não como adversário. O distanciamento passa até por alianças regionais e o próximo movimento de Campos deve ser o rompimento da aliança PSB/PSDB em Minas, onde havia o compromisso de apoiar o tucano Pimenta da Veiga. A vice Marina Silva tem à  disposição o nome de Apolo Heringer, enquanto os socialistas contam com o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda.

Resposta de Aécio

Economia

O tucano, por sua vez, parece já estar se preparando para essas críticas e falou quais seriam suas “medidas impopulares”. “Agora eu vou sim tomar pelo menos duas medidas impopulares, mas impopulares para o PT: vou acabar com metade desses ministérios se vencer as eleições, portanto com a boquinha de muita gente. E vou acabar com essas falcatruas e essas irresponsabilidades que ocorrem nas empresas brasileiras. Ontem, em São Luís, ele também alfinetou Eduardo Campos, ao dizer que representa a “mudança segura”. O que é consistente hoje e deve estar preocupando o governo é que há um sentimento grande de mudança. Cabe a nós, e esse é o meu papel e esse é o esforço que tenho feito por onde tenho andado, mostrarmos que somos a mudança segura que o Brasil almeja e que o Brasil necessita!, afirmou.

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