à‰ chover no molhado dizer que as eleições de 2014 guardam simetrias com as de 2012, quando o então prefeito Luciano Ducci (PSB) lutou para coligar-se com o PMDB. Naquela peleja, prevaleceu a lógica nacional e o ex-prefeito Rafael Greca disputou a Prefeitura de Curitiba. O resultado? Bem, o pupilo do governador Beto Richa (PSDB) nem avançou para o segundo turno. Deu Gustavo Fruet (PDT) devido ao fator PMDB.
Exatos dois anos depois, agora é Richa quem briga para ter o PMDB sob seu guarda-chuva reeleitoral. Os personagens que operam pela coligação com o PSDB são praticamente os mesmos: deputados do PMDB.
à‰ de conhecimento de todos que o operador nacional pela candidatura própria também é o mesmo: Rodrigo Rocha Loures. Chefe de Relações Institucionais da Vice-Presidência da República até abril deste ano, o ex-deputado é uma espécie de braço direito de Michel Temer. Tal qual na de 2012, é Rocha Loures que está na proa em 2014, segurando a bandeira da unidade partidária, em torno da candidatura do senador Roberto Requião ao Palácio Iguaçu.
O objetivo estratégico é outro, mas o roteiro de 2014 é o mesmo de 2012. Até os personagens da trama são os mesmos. Tanto que Richa pode procurar Ducci para dizer-lhe, sem medo de errar: eu sou você amanhã.
Nesta quinta-feira (29), o vice-presidente Michel Temer almoça com 500 lideranças do PMDB do Paraná. Poder-se-á apressar a definição pela candidatura própria. O Blog do Esmael transmite o evento ao vivo, do Oiapoque ao Chuí, direto do restaurante Madalosso, em Curitiba, a partir das 12 horas.