Coluna do Traiano: Adeus, Dilma!

Coordenador da campanha de Aécio Neves no Paraná, o colunista Ademar Traiano afirma que os ministros batem cabeça enquanto Dilma ruma para um fim melancólico com direito a vitrine internacional; líder e guru ideológico do governador Beto Richa prevê tarifaços após as eleições porque, segundo ele, o congelamento nos preços da energia e combustíveis é visto como inevitável pela maioria dos economistas!; Traiano, o homem eleito por Aécio, também aponta a Copa como motivo de vergonha para o país; ... a possibilidade do evento ser um sucesso se torna cada vez mais remota. As situações embaraçosas parecem não ter fim!, prevê o líder tucano; leia o texto e compartilhe.
Coordenador da campanha de Aécio Neves no Paraná, o colunista Ademar Traiano afirma que os ministros batem cabeça enquanto Dilma ruma para um fim melancólico com direito a vitrine internacional; líder e guru ideológico do governador Beto Richa prevê tarifaços após as eleições porque, segundo ele, o congelamento nos preços da energia e combustíveis é visto como inevitável pela maioria dos economistas!; Traiano, o homem eleito por Aécio, também aponta a Copa como motivo de vergonha para o país; … a possibilidade do evento ser um sucesso se torna cada vez mais remota. As situações embaraçosas parecem não ter fim!, prevê o líder tucano; leia o texto e compartilhe.
Ademar Traiano*

Difícil imaginar cena mais constrangedora do que os dois ministros mais importantes do governo Dilma Rousseff batendo cabeça em público sobre inflação e preços. Foi o que aconteceu dias atrás.

Aloizio Mercadante, da Casa Civil, admitiu que o governo represa os preços dos combustíveis e da energia elétrica. Segundo ele, uma prática normal. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, o desmentiu numa evidente demonstração da falta de rumo do governo.

O represamento de preços tem sido feito de forma sistemática. Em 2013, as tarifas administradas subiram 1,5% no Brasil, quase cinco vezes menos que os 7,3% dos preços livres. Ao evitar o reajuste da energia elétrica e do combustível, para citar os dois exemplos, o governo manteve a inflação abaixo do teto da meta de 6,5%.

à‰ óbvio que essa mágica besta não pode ser mantida por tempo indeterminado. Além da roubalheira petista, controlar a inflação congelando preços é o que está destruindo a Petrobras.

A economia vai se deteriorando, todos indicadores pioram. As vendas dos supermercados perdem força, o que sinalizam retração no consumo até de itens de alimentação. Montadoras tomam medidas para enfrentar uma recessão e o governo ensaia novos pacotes malucos de ajuda. A confiança dos consumidores despenca.

Economia

O governo empurra com a barriga os ajustes amargos. Um tarifaço depois das eleições é visto como inevitável pela maioria dos economistas.

Mas os descompassos na condução da economia são apenas um item em que o governo Dilma se embaraça nesse final melancólico com o espectro da derrota eleitoral rondando.

A Copa do Mundo é outro fantasma ameaçador. Concebida em meio aos delírios megalômanos de Lula, a Copa no Brasil deveria ser uma exibição ao planeta da pujança do país sob o petismo.

Está sendo, muito mais, um constrangedor painel sobre as nossas mazelas, desorganização e carências. Uma vitrine internacional para as deficiências do país. Um pesadelo político.

Ninguém torce para que a Copa não dê certo. Mas a possibilidade do evento ser um sucesso se torna cada vez mais remota. As situações embaraçosas parecem não ter fim. Três cidades-sede do Mundial, Natal, Fortaleza e Recife, enfrentam violentos surtos de dengue.

Enquanto isso, Lula o responsável tanto pela Copa e por ela ser superdimensionada (a FIFA recomendava 8 sub sedes, Lula exigiu 12) tenta combater a golpes de desfaçatez e boçalidade o crescente mal-estar com o campeonato de futebol.

Para rebater as críticas sobre o atraso, adiamento ou cancelamento das obras de melhoria urbanas, taxou de “babaquice” a ideia que o brasileiro precisaria do metrô (prometido) para chegar aos estádios no mundial. Isso é coisa de gringo. Brasileiro vai para o futebol a pé, descalço e montado em um jegue, diz Lula.

Se as políticas econômicas desastradas de Dilma não forem suficientes para dar sinalização negativa a investidores estrangeiros, os atrasos, as confusões e os problemas de infraestrutura, que ficarão evidentes nos aeroportos e nas dificuldades de locomoção nos centros urbanos na Copa darão esse sinal.

Só os muito otimistas esperam que Copa vá deixar o Brasil bem na foto lá fora. Os mais realistas torcem apenas para que o volume dos estragos à  imagem do país, produzidos pelo PT, não cresça.

*Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB e líder do governo Beto Richa na Assembleia Legislativa. Ele escreve à s quartas-feiras sobre governo e parlamento.

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