Dois paranaenses sintetizam nesta noite a luta travada no Senado a favor e contra a instalação da CPI do Petrobras. Enquanto Roberto Requião (PMDB) assina pela comissão argumentando que “venda de Libra deu prejuízo muito maior para o Brasil”, Gleisi Hoffmann (PT), numa questão de ordem, diz que não há “fato determinado” para investigação.
Até a meia noite desta terça-feira (1!º), de acordo com o regimento, os parlamentares que assinaram a CPI podem se arrepender de tê-lo feito e retirar suas subscrições. O governo Dilma Rousseff tenta convencer parte de sua base de sustentação a voltar atrás no apoio à investigação.
Embora tenha assinado a CPI, Requião vê contradições na investigação proposta. Ele lembrou que apresentou ao Senado uma proposta de Decreto Legislativo, impedindo o leilão, e que não encontrou nos senadores que agora vestem as armaduras de defensores da Petrobrás parceiros contra o esbulho de um trilhão e 500 bilhões de dólares, quase um PIB brasileiro, que representou a alienação de Libra!.
Gleisi aponta ilegalidade na CPI. Segundo ela, “o objetivo central dos autores é promover uma investigação generalizada, uma verdadeira devassa que repugna o direito, mitiga a segurança jurídica, afronta o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa, afrontando inexoravelmente o texto constitucional!.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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