Putin desafia EUA e assina decreto iniciando anexação da Crimeia à  Rússia

Medida foi anunciada hoje após a realização, no domingo, de um referendo em que 97% dos eleitores da Crimeia declararam ser a favor de voltar para o domínio russo, depois de 60 anos como parte da Ucrânia; Putin também afirmou que o novo regime ucraniano abriu as portas para neonazistas; Estados Unidos e parte da Europa condenam procedimentos que levarão à  anexação do território à  Rússia.
Medida foi anunciada hoje após a realização, no domingo, de um referendo em que 97% dos eleitores da Crimeia declararam ser a favor de voltar para o domínio russo, depois de 60 anos como parte da Ucrânia; Putin também afirmou que o novo regime ucraniano abriu as portas para neonazistas; Estados Unidos e parte da Europa condenam procedimentos que levarão à  anexação do território à  Rússia.
MOSCOU, 18 Mar (Reuters), via 247 Em desafio aos protestos na Ucrânia e à s sanções do Ocidente, o presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira ao Parlamento que a Rússia vai seguir adiante com os procedimentos para anexar a região da Crimeia.

Putin assinou um decreto “para aprovar o projeto de tratado entre a Federação Russa e a República da Crimeia sobre a adoção da República da Crimeia pela Federação Russa”. O decreto indica que o presidente vai assinar um tratado com o líder crimeano apontado por Moscou, que está na capital russa para solicitar a incorporação, mas o documento não tem detalhes.

A medida foi anunciada após a realização, no domingo, de um referendo ao estilo soviético na Crimeia, que está sob ocupação militar russa, em que 97 por cento dos eleitores declararam ser a favor de voltar para o domínio russo, depois de 60 anos como parte da Ucrânia.

Ao seguir em frente com os passos para desmembrar a Ucrânia contra sua vontade, Putin elevou a tensão ainda mais na maior crise Leste-Oeste desde o fim da Guerra Fria.

Mas o primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseniy Yatseniuk, procurou tranquilizar Moscou em duas áreas principais de preocupação, dizendo em um discurso televisionado em russo que Kiev não está buscando aderir à  Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos, e que vai agir para desarmar milícias nacionalistas ucranianas.

(Por Vladimir Soldatkin e Steve Guterman)

Leia ainda reportagem da Agência Reuters sobre declarações de Putin:

Economia

Putin condena novos líderes ucranianos, diz que abriram caminho para “neonazistas”

MOSCOU, 18 Mar (Reuters) – O presidente russo, Vladimir Putin, condenou as “chamadas” autoridades ucranianas nesta terça-feira, dizendo que elas tomaram o poder em um golpe e que abriram caminho para “extremistas”.

“Aqueles por trás dos eventos recentes, eles estavam… preparando um golpe de Estado, mais um. Eles estavam planejando tomar o poder. Terror, assassinatos, massacres foram usados”, disse Putin em sessão conjunta do Parlamento, em que chamou os novos líderes ucranianos de “nacionalistas, neonazistas, russófobos e antissemitas”.

“à‰ principalmente eles que estão decidindo como a Ucrânia vive hoje. As chamadas autoridades ucranianas introduziram uma lei escandalosa sobre a revisão da política de idiomas, o que violou diretamente os direitos das minorias nacionais.”

(Reportagem de Alexei Anishchuk)

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