PMDB da ‘boquinha’ prepara emboscada para Dilma na Câmara

do Brasil 247

Governo não pretende ceder ao líder da bancada do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), que diz ser preciso "repensar" aliança com o PT; em contrapartida, o deputado prepara ciladas para a presidente Dilma Rousseff na Casa; ele articula a aprovação de uma CPI para investigar a Petrobras, a convocação de ministros e presidentes de bancos públicos para dar explicações ao Congresso e ainda a derrubada do Marco Civil da Internet; encontro de ontem com o vice, Michel Temer, não foi suficiente para apaziguar ânimos; nas reuniões de hoje com bancadas do PMDB na Câmara e no Senado, Dilma tentará assegurar a aliança para as eleições.
Governo não pretende ceder ao líder da bancada do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), que diz ser preciso “repensar” aliança com o PT; em contrapartida, o deputado prepara ciladas para a presidente Dilma Rousseff na Casa; ele articula a aprovação de uma CPI para investigar a Petrobras, a convocação de ministros e presidentes de bancos públicos para dar explicações ao Congresso e ainda a derrubada do Marco Civil da Internet; encontro de ontem com o vice, Michel Temer, não foi suficiente para apaziguar ânimos; nas reuniões de hoje com bancadas do PMDB na Câmara e no Senado, Dilma tentará assegurar a aliança para as eleições.
Sem disposição para ceder ao líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, a presidente Dilma Rousseff corre o risco de se deparar com ‘tocaias’ preparadas pela bancada, segundo o colunista Josias de Souza (veja aqui). Cunha articula na Casa, por exemplo, a aprovação de uma CPI para investigar a Petrobras, a convocação de ministros e presidentes de bancos públicos para dar explicações ao Congresso e ainda a derrubada do Marco Civil da Internet.

O encontro da presidente neste domingo com o vice, Michel Temer, não foi suficiente para apaziguar ânimos e garantir a aliança entre PT e PMDB durante as eleições de outubro. Este será o objetivo das reuniões marcadas para esta segunda-feira com as lideranças do PMDB na Câmara e no Senado, além do presidente do partido, senador Valdir Raupp (RO), e Michel Temer.

Leia abaixo reportagem da agência Reuters:

Crise com PMDB obriga Dilma a negociar mais

Por Jeferson Ribeiro

BRASàLIA, 10 Mar (Reuters) – A reunião entre a presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer no domingo não foi suficiente para debelar a crise entre PT e PMDB, e a presidente terá uma nova rodada de conversas nesta segunda-feira com peemedebistas para tentar assegurar que os dois partidos manterão a aliança para as próximas eleições.

Economia

Em encontro de aproximadamente duas horas, Dilma e Temer trataram dos principais atritos entre as duas legendas na montagem dos palanques estaduais, na reforma ministerial e sobre as dificuldades na relação do governo com os partidos aliados, em especial com o PMDB, no Congresso, segundo relato de um peemedebista ouvido pela Reuters.

A fonte, que falou sob condição de anonimato, não deu detalhes sobre quais aspectos foram analisados e nem quais soluções foram encontradas para assegurar que o PMDB continuará apoiando o projeto de reeleição da presidente. Apesar disso, o peemedebista afirmou que Temer está otimista na manutenção da aliança.

Nesta segunda, Dilma vai se reunir com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o líder da bancada na Casa, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) e, em seguida, receberá o presidente do partido, senador Valdir Raupp (RO) e o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Temer também estará nos encontros.

Parte dos problemas do governo com o PMDB decorre da má relação com os parlamentares da legenda aliada. As dificuldades são mais evidentes na Câmara, e Dilma tenta evitar que se alastrem para o Senado. Esse é um dos motivos para a petista fazer negociações separadas com os peemedebistas.

Nos encontros, a presidente tentará reforçar a aliança com os principais caciques peemedebistas para isolar o líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), que tem verbalizado as principais críticas ao governo e colocou em dúvida a aliança entre PT e PMDB para a disputa eleitoral deste ano.

Os problemas na relação entre o governo e o PMDB não são recentes, mas chegaram ao ápice nos últimos dias com trocas de acusações e xingamentos entre membros dos dois partidos, envolvendo principalmente Cunha e o presidente do PT, Rui Falcão.

Cunha conseguiu mobilizar um grupo de integrantes de legendas aliadas no Congresso, que ficou conhecido como blocão, para tentar impor derrotas ao governo e convocou uma reunião da bancada para a próxima terça-feira, em que não está descartada a decisão de romper com o Executivo. Dilma tentará desarticular esse movimento.

A presidente também tenta evitar que a crise, agravada pela insatisfação do PMDB com a reforma ministerial, reforce uma ala descontente do partido que articula a realização de uma convenção nacional em abril para deliberar sobre a manutenção do apoio à  reeleição de Dilma.

Membros dos diretórios regionais do PMDB na Bahia e no Rio de Janeiro já declararam publicamente descontentamento com a aliança nacional com o PT, e conseguiram nos últimos dias a simpatia de outros diretórios.

Preocupada com a escalada da crise com seu principal aliado no Congresso, Dilma pediu ajuda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada para evitar a perda do apoio do PMDB. Lula assumiu na semana passada parte das articulações com os peemebebistas.

O ex-presidente foi o principal fiador da aliança entre PT e PMDB para a eleição de Dilma em 2010, a ponto de peemedebistas também terem pedido seu envolvimento direto na articulação desta vez.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *