Não é só o governador Beto Richa (PSDB) que está em apuros, com ameaça de greve a partir desta segunda-feira 14 em vários setores do funcionalismo público. Os professores municipais de Curitiba também vão cruzar os braços por tempo indeterminado. O início da paralisação na segunda será marcado por uma passeata até a sede da Prefeitura. A concentração para o ato acontece a partir das 8h30, na Praça Santos Andrade. O prefeito Gustavo Fruet (PDT) já sente calafrios e tem tremedeira nas pernas.
A forma de enquadramento no Plano de Carreira que está em estudo, a contratação de mais profissionais e a composição da jornada em hora-aula nas escolas que atendem as séries finais do ensino fundamental são as três principais reivindicações que motivam a paralisação. Segundo dados levantados pelo sindicato nas escolas, o déficit na rede é de pelo menos 700 profissionais. Em muitas escolas, faltam professores até mesmo para garantir o funcionamento das bibliotecas, que estão fechadas desde o início do ano.
O início da greve foi aprovado em uma assembleia, realizada no dia 27 de fevereiro, com a participação de mais de mil professoras e professores da rede municipal. Nesta sexta-feira (14), a categoria realiza uma panfletagem em frente as escolas para informar as mães e pais de alunos sobre a decisão.
Durante a paralisação, que segue por tempo indeterminado até que a Prefeitura apresente propostas concretas para as três reivindicações, as aulas estarão suspensas nas escolas, creches e demais unidades de ensino da rede municipal.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.