Coluna do Ricardo Gomyde: “Futebol de Saco, um esporte genuinamente curitibano”

Ricardo Gomyde, na sua coluna deste sábado, em homenagem aos 321 anos de Curitiba, apresenta a novidade do Futebol de Saco! aos curitibanos e paranaenses; é um esporte genuinamente curitibano!, explica o colunista, que é diretor de Futebol do Ministério do Esporte e principal nome da Copa do Mundo na capital; Quem nunca viu ou ouviu falar, basta imaginar um esporte que mistura tênis com futevôlei e é jogado com uma bola de crochê em formato de saco!, conta Gomyde; leia o texto.
Ricardo Gomyde, na sua coluna deste sábado, em homenagem aos 321 anos de Curitiba, apresenta a novidade do Futebol de Saco! aos curitibanos e paranaenses; é um esporte genuinamente curitibano!, explica o colunista, que é diretor de Futebol do Ministério do Esporte e principal nome da Copa do Mundo na capital; Quem nunca viu ou ouviu falar, basta imaginar um esporte que mistura tênis com futevôlei e é jogado com uma bola de crochê em formato de saco!, conta Gomyde; leia o texto.
Ricardo Gomyde*

Hoje é um dia muito importante para o nosso estado. Faz aniversário a nossa capital, a querida Curitiba. E também é uma data importante para o esporte paranaense. A data de 29 de março de 2014 marca o dia da oficialização do Futsac – ou Futebol de Saco – Um esporte genuinamente curitibano.

Quem nunca viu ou ouviu falar, basta imaginar um esporte que mistura tênis com futevôlei e é jogado com uma bola de crochê em formato de saco. Pode ser jogado na modalidade individual ou duplas e se utiliza de uma quadra de 5 metros de largura por 10 metros de comprimento, com uma rede divisória de 1,5 metro de altura. O objetivo é derrubar a bola no lado adversário. O jogo não permite o uso das mãos e cada participante pode tocar duas vezes na bola. O vencedor sai em melhor de três sets de 21 pontos corridos cada.

Nesta última semana, levei ao Ministério do Esporte o criador da modalidade, Marcos Juliano Ofenbock, para ser apresentado ao Conselho Nacional do Esporte (CNE), pelo brilhante professor Branco, presidente do CREF-PR. Neste grupo, foi explicado um pouco melhor a idéia da modalidade aos membros do Conselho.

Como cidadão paranaense, tenho orgulho em presenciar o nascimento de um esporte em nosso estado, inclusive com cerimônia oficial, durante a abertura do Campeonato Brasileiro de Futsac em Curitiba – competição que reunirá 22 atletas da modalidade mostrando toda sua habilidade com a bolinha.

Mas o caminho para chegar até este sábado, foi longo. O criador da modalidade me contou que durante cinco anos estudou livros sobre esporte e investiu parte de sua herança para fortalecer o sonho de transformar o futsac. Em 2007 organizou e foi o vencedor do primeiro campeonato da história, com 14 participantes. Mas a grande evolução viria mesmo no ano seguinte, em 2008, quando o futsac ficou muito conhecido em Itapema (SC), onde Marcos sempre passa férias. Lá, virou muito popular no verão e em dezembro foi organizado o primeiro campeonato brasileiro. Já no ano seguinte, foi criada a Federação Paranaense.

Economia

A partir daí o esporte ficou conhecido também no Rio Grande do Sul e facilitou bastante o sonho da oficialização pretendido pelo seu criador. Isso porque o Ministério do Esporte requer a existência de três federações para reconhecer uma modalidade e com a adesão dos três Estados do Sul, o sonho de Marcos ficou mais próximo.

Preciso destacar também o viés sustentável do esporte idealizado em Curitiba. A bola de crochê usada no futsac é recheada com plástico granulado de garrafa pet. Para dar conta da demanda da fabricação, foi criada uma Associação de Crocheteiras. São 50 associadas e mais de 300 cadastradas. Com o argumento de “esporte verde”, o futsac ganhou adeptos e atraiu apoio de representantes não só do Ministério do Esporte, mas também da prefeitura de Curitiba e do governo do Paraná.

Com esse reconhecimento e essa veia sustentável, espero que a modalidade continue crescendo, ganhando mais adeptos em todo o país e, quem sabe, ultrapassar fronteiras e um dia virar esporte olímpico. Certamente, o Brasil já largaria na frente. Bola (de saco) pra frente!

Com esse reconhecimento e essa veia sustentável, espero que a modalidade continue crescendo, ganhando mais adeptos em todo o país e, quem sabe, ultrapassar fronteiras e um dia virar esporte olímpico. Certamente, o Brasil já largaria na frente. Bola (de saco) pra frente!

*Ricardo Gomyde, diretor de Futebol do Ministério do Esporte, especialista em políticas de inclusão social, é membro da Comissão Organizadora da Copa do Mundo no Brasil em 2014. Escreve nos sábados no Blog do Esmael.

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