Em 84 páginas, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fundamentou pedido de condenação a 22 anos de prisão ao mentor do mensalão tucano, deputado Eduardo Azeredo (MG), ex-presidente nacional do PSDB. O documento foi encaminhado nesta sexta (7) Supremo Tribunal Federal (STF).
O relator do processo do mensalão tucano — Ação Penal (AP) 536 — no STF é o ministro Roberto Barroso (clique aqui).
Azeredo dirigia o partido na reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele é acusado pelo procurador-geral de cometer rimes de peculato e lavagem de dinheiro, além de “subverter” o sistema político-eleitoral brasileiro.
O tucano mineiro é acusado na ação de se associar ao grupo do empresário Marcos Valério, em 1998, com o intuito de desviar verbas e fazer arrecadação ilegal de dinheiro para campanha eleitoral do PSDB.
No documento, Janot reforça a denúncia assinada em 2007 pelo então procurador Antonio Fernando Barros e Silva, que destacou que o mensalão do PSDB foi “a origem e o laboratório dos fatos” do mensalão do PT.