Ninguém estava entendendo direito os motivos de o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, manter o delator do mensalão Roberto Jefferson em liberdade mesmo depois de três meses das primeiras prisões.
Dos réus condenados que poderiam estar presos, só ex-deputado seguia em liberdade como se fosse “intocável”. Jefferson foi condenado a 7 anos e 14 dias de prisão no regime semiaberto.
Pressionado pelo PT, Barbosa negou nesta sexta-feira (21) o pedido de prisão domiciliar a Jefferson.
Jefferson já declarou, em juízo, que o “mensalão” foi briga política e que não era para ser judicializada. Também em juízo não confirmou as denúncias que fez nas CPIs que se seguiram à s suas denúncias de 2005, limitando-se a fazer sua defesa, confirmando que, no seu caso, o que houve foi caixa dois de campanha para o PTB, que à época presidia. Disse, inclusive, que o termo “mensalão” foi cunhado por “força de expressão”.
A exemplo dos condenados petistas na Ação Penal 470, o delator do ‘mensalão’, Jefferson também inicia sua ‘vaquinha’ para arrecadar dinheiro e quitar a multa de R$ 720 mil determinada pelo STF. A diferença, porém, é que essa não vai ter site, como fizeram José Genoino, Delúbio Soares e José Dirceu. A vaquinha de Jefferson começou hoje. Vai passar o chapéu entre amigos e familiares.
Com informações do G1, Brasil 247 e Rede Brasil Atual.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.