O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), ontem à noite, pedalou até à Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a mais antiga do país, onde acontecia o Fórum Mundial da Bicicleta. Chegando lá, o pedetista foi alvo de acalorados apupos vindo de parte da plateia formada por estudantes que reivindicam o passe livre.
Extraoficialmente, a Prefeitura de Curitiba colocou as vaias a Fruet na conta dos “black blocs” — a controversa tática de movimento que se converteu em estratégia de ataque de partidários do PSOL e PSTU –, os mesmos que enfrentaram a polícia no Rio resultando na morte do cinegrafista da Band.
Em seu Facebook, o professor Lafaiete Neves, disse que vaias ocorreram porque a assessoria do prefeito não recebeu ontem os membros da Frente do Transporte Coletivo Tarifa Zero, que protestavam em frente à Prefeitura.
O secretário de Governo, Ricardo Mac Donald, conta outra história. Diz ele que os integrantes do movimento sempre são recebidos e bem tratados pelo Palácio 29 de Março. Segundo ele, houve uma tentativa de instalação de “acampamento” em frente ao prédio público. “Guarda Municipal não permitiu”.
Professor Lafaiete diz que as vaias saltaram da garganta da moçada porque faltou habilidade à equipe de Fruet.
O problema é que os movimentos sociais podem tomar gosto pelos apupos ao prefeito. Outros protestos estão agendados para os próximos dias em frente à Prefeitura. “Vaiar e coçar é só começar”, parodiou um atento observador político da capital.
“Essas prática de não dialogar com os movimentos sociais é típica dos discípulos do Lerner incrustrados na prefeitura e que assimilaram da época da ditadura militar esta cultura autoritária. Se o prefeito Gustavo Fruet não alterar essa prática ele, enterrara sua carreira política”, aconselha o professor Lafaiete Neves.
Assista ao vídeo com as vaias a Fruet:
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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