O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba (Sindimoc) realiza amanhã, terça (25), à s 20 horas, na Praça Rui Barbosa, assembleia que poderá desencadear greve na categoria a partir de quarta (26). Os trabalhadores querem aumento acima da inflação e reajuste no valor do vale-alimentação.
Nos bastidores a briga é por muito mais. O prefeito Gustavo Fruet (PDT) mandou sua equipe estudar corte de repasse mensal de R$ 800 mil ao Sindimoc. Esse valor seria utilizado pela entidade para custear planos de saúde, mas é computado na tarifa técnica.
Portanto, as empresas concessionárias do transporte público transferem cerca de R$ 10 milhões ao ano para o Sindicato. A conta é apresentada na planilha de custos que é bancada pelo usuário do sistema. Uma espécie de cortesia com o chapéu alheio.
Para manter a tarifa congelada nos atuais R$ 2,70, segundo a Prefeitura de Curitiba, seriam precisos cerca de R$ 5 milhões por ano. Se o repasse ao Sindimoc for cortado, como estuda Fruet, a tarifa até poderia baixar R$ 0,10.
Até agora, a Prefeitura não falou em mexer nos lucros milionários das empresas de transporte. Na gestão Gustavo Fruet, essa turma da máfia dos ônibus ainda continua “imexível”. Por que será?