O Sindicato das Empresas de Transporte Público de Curitiba (Setransp) colocou a faca no pescoço do prefeito Gustavo Fruet (PDT) neste final de ano. Alegando falta de dinheiro para honrar o 13!º salário de motoristas e cobradores, a entidade ameaça parar a operação dos ônibus na Rede Integrada de Transporte (RIT).
Em nota oficial, nesta terça (17), a prefeitura de Curitiba afirmou que nada deve à s empresas de ônibus que operam a RIT. “Ao contrário do que afirma o Setransp, todas as obrigações contratuais da Urbs com as empresas estão sendo cumpridas”, diz um trecho do comunicado.
Segundo uma fonte na prefeitura, se as empresas paralisarem o sistema, Fruet estuda colocar a Guarda Municipal para operar os ônibus em regime de urgência. O prefeito também adverte com o rompimento de contrato se 2,3 milhões de usuários da RIT forem prejudicados.
Na mesma nota oficial, Fruet ainda acusa o governador Beto Richa (PSDB) de aplicar calote na prefeitura de Curitiba em parcela do subsídio relativa ao mês de novembro, vencida no último dia 10 de dezembro.
“Por fim, a prefeitura de Curitiba novamente apela ao Estado para que licite e assuma o transporte metropolitano, que é de sua responsabilidade. Desta forma, Curitiba abre mão de qualquer subsídio”, pediu o prefeito curitibano.
Locaute ou lockout é proibido pela Lei 7.783/89, pois, segundo a legislação brasileira, essa prática de chantagem patronal, usando inclusive os trabalhadores para obter vantagem econômica, constitui-se crime contra o interesse público.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.