Educadores entram em greve e creches amanhecem fechadas nesta terça em Curitiba

por Denise Mello e Antonio Nascimento, da Rádio Banda B

De acordo com o Sismuc, cerca de 70% dos servidores (2,8 mil) cruzaram os braços hoje; Curitiba tem 43 mil crianças matriculadas nas 196 creches da cidade e em outras 79 escolas conveniadas; prefeitura informou que ainda está fazendo um levantamento dos números de Cmei
De acordo com o Sismuc, cerca de 70% dos servidores (2,8 mil) cruzaram os braços hoje; Curitiba tem 43 mil crianças matriculadas nas 196 creches da cidade e em outras 79 escolas conveniadas; prefeitura informou que ainda está fazendo um levantamento dos números de Cmei”s fechados em razão do movimento; Protesto reuniu 500 educadores, nesta manhã, na Praça Santos Andrade (Foto: Antônio Nascimento !“ Banda B),
Os educadores das creches de Curitiba entraram em greve nesta terça-feira (26) por tempo indeterminado. Em assembleia na noite de ontem (25) a categoria avaliou que as respostas dadas pela Prefeitura não atendem a reivindicação por isonomia em relação ao magistério. Uma manifestação organizada pelo Sismuc, acontece nesta manhã na praça Santos Andrade.

De acordo com o Sismuc, cerca de 70% dos servidores cruzaram os braços hoje. Ao todo, Curitiba tem quase 43 mil crianças matriculadas nas 196 creches da cidade e em outras 79 escolas conveniadas. A assessoria da prefeitura informou que ainda está fazendo um levantamento do números de Cmei”s fechados em razão do movimento.

Na Praça Santos Andrade estão reunidos cerca de 500 servidores, mas, segundo o sindicato, pelo menos 2,8 mil funcionários entraram em greve nesta terça-feira, de um total de 4 mil. Algumas creches estão fechadas e outras funcionam com número menor de atendentes. No Cmei da Vila Camargo, por exemplo, que atende 140 crianças, nenhum dos 22 funcionários foram trabalhar e a unidade está fechada.

Vários pais ligaram para a Banda B para reclamar que não puderam ir trabalhar por não terem com quem deixar os filhos.

A redução da jornada de trabalho é uma das principais reivindicações da categoria. Queremos a redução da jornada de trabalho de 40 para 20 horas semanais, equiparada a dos professores. Queremos também a autonomia para eleger os diretores dos Cmei”s e aposentadoria especial de 25 anos. A prefeitura não acenou com nenhuma possibilidade de atender os nossos pedidos e a categoria não teve outra opção a não ser a greve!, disse a diretora do Sismuc, Irene Rodrigues, à  Banda B.

O Sismuc informou que aguarda uma reunião com a Prefeitura para definir a necessidade de contingente mínimo nos locais de trabalho.

Economia

Reunião

Na reunião de ontem entre representantes do Sismuc e da Prefeitura, Roberlaine Roballo, secretária de educação, e Meroujy Cavet, secretária de recursos humanos, apresentaram um documento oficial respondendo à s reivindicações dos trabalhadores. Mas, na sequência, em assembleia, os servidores decidiram manter a greve.

O documento da prefeitura informou, segundo o Sismuc, que:

– Aposentadoria especial de 25 anos: está em estudo pelo IPMC e deve ser encaminhado ao Tribunal de Contas para análise.

– Eleição de diretores de cmei”s: comissão paritária a partir de fevereiro debaterá o assunto. Ministério Público seria contrário, uma vez que se trata de cargo de confiança.

– Educadores volantes após o concurso público: objetivo é garantir 20% de hora-atividade e a partir de abril se organizaria os 33%.

– Curso de graduação: parceria com UFPR garantiria curso superior em pedagogia ou letras em modalidade à  distancia para garantir a graduação de educadores que ainda não tem finalizaram o curso universitário.

-Redução de jornada: se fizer a redução para 30 horas seria necessário dobrar a quantidade de educadores. Assim, os gestores eliminaram a possibilidade de negociar a questão.

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