Coluna do Ricardo Mac Donald: “Sites e blogs já fungam no cangote da mídia tradicional”

Ricardo Mac Donald analisa em sua coluna semanal, nesta sexta, o peso da internet nas eleições de 2014; ele revela que as redes sociais rivalizam em termos de confiança com jornais impressos e telejornais da velha mídia; de acordo com levantamento do Instituto FSB Pesquisa, realizada na segunda quinzena de outubro passado, os curitibanos confiam mais nos sites e blogs (42%) do que nos telejornais (31%) e empatam com os jornais impressos (44%); nada mais nada menos que 24% dos moradores da capital paranaense se informam pela internet; estrategista da campanha vitoriosa do prefeito Gustavo Fruet (PDT), o colunista vaticina: A internet entrou definitivamente no jogo da política!; leia o texto.
Ricardo Mac Donald analisa em sua coluna semanal, nesta sexta, o peso da internet nas eleições de 2014; ele revela que as redes sociais rivalizam em termos de confiança com jornais impressos e telejornais da velha mídia; de acordo com levantamento do Instituto FSB Pesquisa, realizada na segunda quinzena de outubro passado, os curitibanos confiam mais nos sites e blogs (42%) do que nos telejornais (31%) e empatam com os jornais impressos (44%); nada mais nada menos que 24% dos moradores da capital paranaense se informam pela internet; estrategista da campanha vitoriosa do prefeito Gustavo Fruet (PDT), o colunista vaticina: A internet entrou definitivamente no jogo da política!; leia o texto.
por Ricardo Mac Donald*

A democracia não existe sem comunicação. Os gregos do século V reuniam o povo nas ágoras para votar, e se sobressaíam aqueles que tinham a melhor oratória. Hoje, se utilizam os meios digitais.

Há dez anos, todo o peso da comunicação eleitoral estava na TV. Poucos candidatos davam atenção à  internet, mas, a partir do fenômeno Obama, o cenário vem mudando rapidamente. Recentes pesquisas indicaram que 67% dos curitibanos buscam informar-se, com mais frequência, pela televisão e 24% pela Internet; apenas 5% dizem consultar os jornais impressos, e as demais não se manifestaram.

A internet, portanto, entra definitivamente no jogo da política; mas qual é o seu peso? Essa é outra história. Está se esgotando a fase romântica!, quando tudo que se escrevia, pela novidade, era crível. Lembro de um email de circulação mundial pedindo a todos os terráqueos que, em determinado dia, dessem um pulo coletivo para diminuir a velocidade de rotação da terra que, segundo o autor, estava em processo de aceleração.

Atualmente, o grau de confiança na internet se rivaliza com o de jornais e telejornais, segundo pesquisas:

pesquisa_fsb

Economia

Contudo, na vida pública, arrisco dizer que a internet tem maior potencial destrutivo que construtivo. Enquanto o jornal e a TV têm endereço e reportagem identificados, podendo ser acionados judicialmente, a internet pode veicular notícias sem responsabilidade com a verdade; nela, quem quer se esconder se esconde. Além disso, grupos voluntários ou remunerados usam a internet para promover ou denegrir pessoas públicas ou instituições.

O efeito colateral disso tudo é a formação de tribos por afinidade ideológica ou interesse comum. Assim, o impacto das informações tende a ser relativizado por quem navega na internet. Cada um convive com a sua verdade! desconfiando das demais. Aliás, como ocorre com promoções, emails de origem duvidosa e sites direcionados, que nem sequer são abertos.

A internet não encontrou ainda a sua órbita, mas comprovou ser um instrumento eficaz para vocalizar os reclamos da população nas marchas de junho, assim como serve para movimentar novas ondas, seja o Réveillon fora de época, as farofadas do Batel, ou, pelo lado mais sinistro, as reuniões dos Black Blocs.

Irá comendo as outras mídias pelas beiradas, e os candidatos do próximo ano estarão investindo mais pesadamente nessa nova! plataforma de comunicação.

*Ricardo Mac Donald Ghisi é advogado, secretário Municipal de Governo de Curitiba. Escreve à s sextas no Blog do Esmael.

Deixe um comentário