por Ricardo Gomyde*
Precisamos destacar o novo momento do futebol feminino em nosso país. Está claro que a modalidade vive uma retomada no Brasil, que sempre se destacou no cenário internacional com as meninas da Seleção Brasileira e tem em Marta, cinco vezes eleita a melhor jogadora do mundo, o melhor exemplo dessa categoria. Mesmo com a falta de um calendário fixo durante todo o ano, nossas atletas estão prontas para qualquer competição.
Prova disso é o resultado da última Copa Libertadores da América. Estive em Foz do Iguaçu na semana passada para acompanhar os jogos finais e pude ver o São José (SP) conquistar o bi-campeonato com uma vitória merecida por 3 x 1 na grande decisão contra o Formas àntimas, da Colômbia.
Retomamos o título para o Brasil, perdido no ano passado, quando o nosso ADI Foz, que também tem uma grande equipe, perdeu a decisão nos pênaltis para o Colo-Colo. Esse título, aliás, abre a possibilidade de o Brasil ter três representantes na próxima Libertadores: o São José já garantiu sua vaga. Os demais sairão do campeão do Brasileirão deste ano e da cidade que sediará a próxima Libertadores, que será novamente no Brasil, já que uma equipe daqui detém o título.
A regra, aliás, não se aplicou neste ano, porque o Ministério, a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer e a Prefeitura de Foz do Iguaçu, além do ADI/Foz Cataratas trabalharam durante todo o ano junto a Conmebol para trazer a competição para o Paraná. O Chile, por ter tido o Colo-Colo como campeão em 2012, recebeu o direito de sediar este torneio em 2013. Essa articulação aconteceu justamente porque o ministério quer fomentar ainda mais a modalidade no país.
Além da Libertadores, neste ano, conseguimos fazer o primeiro campeonato brasileiro desde 2001, depois de uma articulação com a Caixa Econômica Federal. A ideia do ano que vem é aumentarmos este Brasileiro, tentarmos colocar times de camisa! neste certame, clubes que tem equipes na Série A do masculino, para atrair ainda mais a atenção de todos.
Temos o projeto também de financiar estaduais Sub-17. Estamos estruturando o futebol feminino no Brasil. O primeiro passo foi tomado pelo ministro Aldo Rebelo, em dezembro de 2011, quando empossou como coordenadora de Futebol Feminino a ex-jogadora da Seleção Brasileira Michael Jackson. Temos uma olimpíada em três anos e conquistas como essas são fundamentais para fortalecer ainda mais nossas jogadoras e incentivar outras que estão chegando agora. Não podemos deixar a bola parar de rolar.
*Ricardo Gomyde, diretor de Futebol do Ministério do Esporte, especialista em políticas de inclusão social, é membro da Comissão Organizadora da Copa do Mundo no Brasil em 2014. Escreve nos sábados no Blog do Esmael.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.