por Ademar Traiano*
As dificuldades financeiras e os problemas de caixa que o Paraná sofre – por causa de uma discriminação odiosa praticada contra o Estado pelo governo federal – não são segredo para ninguém.
Empréstimos são bloqueados, audiências são negadas, o Estado é excluído dos projetos de investimentos federais. Como se isso não fosse suficiente, o governo federal avança sobre as receitas do Estado.
O que nem todos sabem é que, mesmo essa notória discriminação, não tem impedido que o Paraná colecione indicadores sociais e econômicos em tudo superiores a média nacional.
Em outubro a taxa de desemprego da Região Metropolitana de Curitiba foi de 3,3% da população economicamente ativa. As outras regiões metropolitanas pesquisadas atingiram índices médios de 5,2% de desocupação.
No acumulado de doze meses, a indústria do Paraná apresentou o segundo melhor desempenho em relação aos indicadores nacionais, com um crescimento de 0,6% ficando atrás apenas de Santa Catarina (0,8%). Tudo na absoluta contramão da indústria nacional que teve, em média, um crescimento negativo de -1,0.
O aumento do volume dos salários reais também destaca o desempenho positivo do Paraná que cresceu 4,8%. Um desempenho 21% superior ao crescimento da média brasileira (3,8%).
Entre janeiro e setembro, o Paraná obteve resultados significativamente melhores que a média brasileira em todas áreas. A produção industrial: 4,0% contra 1,6%. Levamos vantagem também nas vendas do comércio: 6,8% contra 3,6% e nas exportações, que cresceram 3,0% contra o resultado nacional de -0,9%.
Nem é preciso falar do PIB minúsculo, que deu fama internacional ao ministro Guido Mantega. O PIB do Brasil cresceu 2,5% até setembro, o do Paraná atingiu 4,3%.
Outros indicadores também confirmam a correção das políticas do governo do Estado. O Paraná registrou a taxa de homicídios mais baixa em seis anos. Dados estampados em manchete pela insuspeita Gazeta do Povo.
Políticas de segurança, como a instalação das Unidades Paraná Seguro !“ UPS, as ações preventivas, operações de inteligência, o mapeamento do crime e a prioridade para ações em áreas de risco, são razões apontadas por especialistas para explicar esses bons resultados.
O governo Dilma Rousseff e seus representantes, que não ajudam o Paraná, e cujos ministros, em especial os paranaenses, notoriamente jogam contra o Estado, não se constrangem com seu triste papel. Seu cinismo vai ao ponto de fazer críticas a problemas que ajudaram a criar ou que se empenham em manter.
As críticas, algumas vezes, vêm de políticos que, durante oito anos, apoiaram em silêncio, untuoso e obsequioso, um governo que pilotou uma política de segurança tão desastrosa que não podia divulgar o número de homicídios, sob pena de semear o pânico na população.
Não chega surpreender que seja assim. O PT, que tenta transformar em heróis da pátria os mensaleiros presos por corrupção, tem um histórico e conhecido desprezo pela verdade.
*Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB e líder do governo Beto Richa na Assembleia Legislativa. Ele escreve à s quartas-feiras sobre governo e parlamento.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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