à€s vezes os cadernos especializados em economia revelam exatamente o que pretendem os políticos para o país. No caso de Marina Silva, segundo o Valor Econômico desta segunda (14), defende uma marcha à ré rumo aos tempos de FHC.
A nova parceira de Eduardo Campos, agora no PSB, ressuscitou em encontro “secreto” com 100 grandes empresários, na última sexta (11), o tripé geração de superávit primário, câmbio flutuante e metas de inflação.
Para quem não é muito íntimo com o tema, superávit primário é a alma da proposta de Marina e Eduardo. Nada mais é do que o total da receita do governo menos os gastos não financeiros; ou seja, trata-se do esforço do tesouro nacional para pagar os serviços da dívida pública; deixar-se-ia de investir nos programas sociais e na infraestrutura do país visando economia para agradar o deus mercado.
Quanto ao câmbio, ao defender a flutuação da moeda, a nova socialista! propôs a independência! do Banco Central !“ diminuindo a ingerência! do governo brasileiro na instituição.
Em relação à meta de inflação, ela defende a lógica do mercado volátil tendo como base o fluxo de capitais, dívidas públicas, risco país e estoque de mão-de-obra (desemprego) para conter os índices inflacionários.
à€ plateia empresarial, Marina relaxou! o discurso acerca da proteção ao meio ambiente. Segundo o jornalão das Organizações Globo e Folha de S. Paulo, a ex-senadora adotou tom conciliador e defendeu agilidade nos licenciamentos ambientais.
Resumo da ópera: Marina Silva vendeu ao seleto grupo de empresários que ela e Eduardo podem ser-lhes confiáveis e ocupar o espaço de Aécio Neves e do PSDB na agenda neoliberal.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.