Eduardo Campos copia Lula e fará sua Carta ao Povo Brasileiro

do Brasil 247

Pré-candidato à  Presidência pelo PSB, governador de Pernambuco pretende repetir o que Lula fez em 2002, quando assumiu diversos compromissos relacionados à  economia, e anunciar, no início de sua campanha, propostas "claras" de como conduzirá o setor; "Queremos deixar muito claro qual é a nossa visão sobre a economia e o futuro do Brasil", afirma Eduardo Campos, que faz, dia sim, dia não, críticas à  gestão econômica da presidente Dilma Rousseff; segundo ele, um ajuste fiscal em 2015 será inevitável; "Vai ter de ser duro para resgatar a confiança [do mercado]", diz; Carta lançada pelo ex-presidente Lula teve a intenção de diminuir as desconfianças do mercado em relação ao PT. (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula).
Pré-candidato à  Presidência pelo PSB, governador de Pernambuco pretende repetir o que Lula fez em 2002, quando assumiu diversos compromissos relacionados à  economia, e anunciar, no início de sua campanha, propostas “claras” de como conduzirá o setor; “Queremos deixar muito claro qual é a nossa visão sobre a economia e o futuro do Brasil”, afirma Eduardo Campos, que faz, dia sim, dia não, críticas à  gestão econômica da presidente Dilma Rousseff; segundo ele, um ajuste fiscal em 2015 será inevitável; “Vai ter de ser duro para resgatar a confiança [do mercado]”, diz; Carta lançada pelo ex-presidente Lula teve a intenção de diminuir as desconfianças do mercado em relação ao PT. (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula).
Numa estratégia similar à  do ex-presidente Lula em 2002, o governador de Pernambuco e pré-candidato à  Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, pretende lançar propostas “claras” sobre como pretende conduzir a economia caso seja eleito em 2014. Sua espécie de “Carta ao Povo Brasileiro”, nome dado à  relação de intenções do ex-presidente petista, deverá ser lançada no início de sua campanha, no ano que vem.

“Queremos deixar muito claro qual é a nossa visão sobre a economia e o futuro do Brasil”, explica Eduardo Campos, que se coloca à  esquerda de Lula, mas à  direita da presidente Dilma Rousseff, e faz críticas quase diárias à  atual gestão econômica do País. No início da semana passada, ele definiu como “medíocre” o crescimento econômico brasileiro e fez críticas ao leilão do Campo de Libra, além de bater pontualmente em modelos como o estímulo ao consumo e as desonerações tributárias, adotados atualmente.

Principais pontos

Para Campos, formado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco, algo inevitável para o governante que vencer as eleições presidenciáveis será um duro ajuste fiscal na política econômica em 2015, “um ano difícil”, conforme prevê o pré-candidato. O governador pretende propor algo na linha da recuperação do mercado financeiro. “Vai ter de ser duro para resgatar a confiança. O que conta é a previsibilidade, sem maquiagens”, afirmou a aliados na semana passada, já com novas críticas à  atual economia.

O socialista também defende metas de longo prazo para o superávit primeiro, além do rígido cumprimento da meta fixada pelo governo federal. Uma defesa recente de sua mais nova aliada, a ex-senadora Marina Silva, certamente definida com Campos, foi a defesa do tripé macroecononômico criado no governo tucano de FHC: superávit primário, meta de inflação e câmbio flutuante.

Apoio de empresários

Economia

Campos tem definido seu plano para a política econômica, esboçado com aliados, como um “choque de responsabilidade” na economia a partir de 2015. Para conseguir apoio, ele conta com os empresários já bem relacionados com Marina Silva, que o aproximará do grupo. Apesar de provavelmente apresentar a proposta apenas em 2014, suas visitas a esses executivos já começou, com o objetivo de coletar críticas a Dilma e mostrar-lhes sua visão econômica.

A “Carta”, segundo Campos, prevê respeitar as principais conquistas dos governos anteriores, como a estabilidade econômica do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a inclusão social de Lula, sempre se colocando, porém, como uma alternativa ao que está aí. “Um novo ciclo se inicia, uma nova agenda. Não podemos colocar em risco a democracia, a estabilidade ou a inclusão. Quem pode fazer isso? Quem tem a visão equilibrada? à‰ isso que queremos oferecer ao debate”, diz ele.

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