por Ricardo Mac Donald Ghisi*
Nos últimos 20 anos, o seguro de vida dos servidores municipais foi tratado como coisa particular entre os dirigentes de plantão, o corretor e a seguradora. A atual gestão optou por um caminho diferente: o da disputa entre os interessados em explorar o serviço.
Quem estava não queria sair. Então, tome ações no Judiciário, no Tribunal de Contas e onde mais fosse possível! Retardava-se a decisão, e a Prefeitura teve que insistir muito na concorrência pública, para que ela acontecesse.
A guerra encerrou-se. Espero! A partir da assinatura do novo contrato com a empresa vencedora, a Capemisa, que foi vitoriosa num certame transparente entre a Caixa, a Zurich Seguradora, e o Bradesco Seguros.
Por que a briga?
Vou explicar com números: depois da concorrência, o faturamento médio mensal caiu de R$ 1.531.236,79 para R$ 1.091.921,06. Ou seja, R$ 5.271.788,73 ao ano.
E para onde vai todo esse dinheiro agora? Para o bolso do servidor, que teve 35,16% de abatimento na sua taxa de seguro. Se antes pagava R$ 100,00 por mês, hoje paga R$ 64,84. Além de outro benefício: o auxilio funeral, que era de R$ 2.846,39, subiu para R$ 5.580,00.
à‰ certo que a vencedora não está perdendo dinheiro com a sua proposta. Portanto, depois da concorrência realizada, pudemos verificar os preços abusivos praticados por quem explorava o serviço e, por longos anos, deixou o servidor público relegado ao último estágio de suas preocupações.
Por que não fizeram isso antes?!, perguntam os servidores. São os mistérios da fé!!, responde um ex-prefeito de Barra do Jacaré….
*Ricardo Mac Donald Ghisi é advogado, secretário Municipal de Governo de Curitiba. Escreve à s sextas no Blog do Esmael.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.