Coluna do André Vargas: Marina foi incompetente, Aécio será canibalizado e Richa não tem marca”

André Vargas, presidente em exercício da Câmara, em sua coluna, diz que Marina foi incompetente na fundação da Rede Sustentabilidade; o deputado petista minimiza a filiação da ex-senadora no PSB e prevê processo de canibalização no PSDB, cuja vítima será Aécio Neves; no Paraná, segundo o colunista, Richa vai à  reeleição com uma gestão sem marca; leia o texto.
André Vargas, presidente em exercício da Câmara, em sua coluna, diz que Marina foi incompetente na fundação da Rede Sustentabilidade; o deputado petista minimiza a filiação da ex-senadora no PSB e prevê processo de canibalização no PSDB, cuja vítima será Aécio Neves; no Paraná, segundo o colunista, Richa vai à  reeleição com uma gestão sem marca; leia o texto.
por André Vargas*

Foi dada a largada para as eleições de 2014 com o fim do prazo de filiação e troca de partido por aqueles que pretenderem concorrer a cargo eletivo.

Como se anunciara por meses, o TSE não cedeu à s pressões midiáticas e de líderes da oposição ao rejeitar o pedido de registro da Rede de Sustentabilidade. Marina quer atribuir ao PT esta negativa. Transferir responsabilidades pela própria incompetência só agrava a imagem da ex-senadora que pretendia governar o Brasil.

Sem dúvida que a grande surpresa foi a filiação da Marina ao PSB de Eduardo Campos, governador de Pernambuco que se utiliza da esperteza política de seu avô, o velho Miguel Arraes, ao atrair a vice-líder nas pesquisas e se transformar num possível polo de atração de partidos da nossa oposição.

As dúvidas sobre quem de fato será candidato no PSB serão alimentadas pelas pesquisas, mas o controle do partido garante Campos na disputa.

Outra consequência óbvia é que a tensão entre Serra e Aécio vai aumentar, possibilitando alteração no quadro ou pelo menos no ritmo com que vinha sendo conduzido o processo de definição do candidato e das alianças no ninho tucano. Aécio corre o risco de ser canibalizado.

Economia

Quando ao projeto do PT nada muda. Sempre trabalhamos com o cenário de eleição em dois turnos. O eleitor terá a opção de escolher se o governo Dilma continuará ou não. Se deve intensificar a entrega de obras e consolidar programas sociais e econômicos que vêm mantendo a geração de empregos e aumento da renda dos trabalhadores.

Aqui no Paraná continuamos com a dúvida se o PMDB vai ou não ter candidato? Campos vai continuar dividindo com Aécio o palanque de Beto Richa ou vai procurar um caminho próprio? PSD terá candidato próprio, seguira com Gleisi ou Beto?

No Paraná, a única novidade real foi por parte do secretário da Indústria e Comércio, Ricardo Barros, do PP, que transferiu sua esposa para o PROS e filiou o irmão no PHS, se posicionando de forma independente para 2014 como já vinha fazendo o PSD sob a liderança emergente de Eduardo Sciarra.

O PT terá Gleisi Hoffmann como candidata e deve contar com aliados de partidos que compõem a base de sustentação da presidenta Dilma.

O PSDB tentará a reeleição com Beto Richa com um governo que ainda não tem uma cara e que confia numa aliança improvável com PMDB; ou que dialoga com o trauma da eleição passada.

O que sei é que onde a dúvida impera prevalece a concorrência.

*André Vargas, deputado federal pelo PT do Paraná, vice-presidente da Câmara, é colunista do Blog do Esmael. Escreve sobre poder e socialismo nas terças-feiras.

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