Veja essa: STF dá golpe no Congresso ao tomar prerrogativa de cassar mandatos parlamentares

O STF deu um golpe à  luz do dia ao surrupiar prerrogativa do Congresso Nacional de cassar mandatos parlamentares; na base do populismo, Barbosa pavimenta sua candidatura à  Presidência da República; haverá reação?
O STF deu um golpe à  luz do dia ao surrupiar prerrogativa do Congresso Nacional de cassar mandatos parlamentares; na base do populismo, Barbosa pavimenta sua candidatura à  Presidência da República; haverá reação?
A democracia deu hoje uma marcha à  ré, que talvez não seja sentida de imediato pelos mais desavisados. O STF surrupiou a prerrogativa do Congresso Nacional de cassar mandatos parlamentares. A decisão política de cessar o exercício do deputado, a meu ver, cabe aos políticos. Se juízes ou ministros da Corte querem atuar politicamente que o façam, mas antes se alistem em partidos e disputem nas urnas. Não se trata aqui de defesa deste ou daquele flagrado surrupiando o erário. Pelo contrário. à‰ uma defesa das instituições democráticas, coisa que o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), não teve capacidade de fazê-lo. O STF deu um golpe à  luz do dia. Infelizmente.

A seguir, leia matéria da Agência Brasil:

STF decide que tem palavra final sobre perda de mandato de réus do mensalão

André Richter e Heloisa Cristaldo
Repórteres da Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que cabe à  Corte a palavra final sobre a perda de mandato dos parlamentares condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Ao analisar recurso do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), os ministros entenderam que deve ser mantida a decisão tomada no ano passado. Eles mantiveram ainda a condenação do deputado no processo.

João Paulo Cunha foi condenado a pena de nove anos e quatro meses de prisão, além de R$ 360 mil de multa, em valores não atualizados, pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.

Economia

No julgamento de hoje, o STF acatou o pedido da defesa para correção do valor que teria sido desviado pelo parlamentar. Ficou acertado que valerá o montante previsto na denúncia do Ministério Público Federal, de R$ 537 mil, retirando o valor de R$ 1 milhão, que constava no acórdão, texto final do julgamento.

Nos recursos, a defesa apontou discrepâncias no critério para a fixação das penas. No entanto, os ministros, ao aplicar a condenação, entenderam que os crimes, em especial os de corrupção e de peculato, foram cometidos em “condições e circunstâncias quase idênticas”.

Ao rejeitar o recurso, o ministro-relator Joaquim Barbosa argumentou que cada crime tem característica própria e que as penas foram aplicadas de forma proporcional as agravantes. Para Barbosa, os recursos de João Paulo Cunha eram meramente protelatórios!.

No recurso, o plenário do STF analisou ainda a questão da perda de mandato. Cunha foi o único réu parlamentar que questionou a decisão sobre os mandatos. Segundo o relator da ação penal, Joaquim Barbosa, no texto final do julgamento ficou claro a prerrogativa da Corte em decretar a perda automática do mandato de João Paulo Cunha.

No julgamento do ano passado, por 5 votos a 4, os ministros decidiram que a perda do mandato dos quatro parlamentares condenados na ação penal deveria ser automática, caberia á Mesa Diretora da Câmara dos Deputados declarar a cassação imediata do mandato. Além de Cunha, três réus têm mandato parlamentar: José Genoino (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP).

No entanto, no dia 8 de agosto, o STF mudou o entendimento sobre a questão no julgamento que condenou o senador Ivo Cassol (PP-RO) a quatro anos e oito meses de prisão por fraude em licitação. Por 6 votos a 4, o plenário definiu que a decisão final sobre a perda de mandato deve ser do Congresso Nacional. A mudança ocorreu porque a Corte passou a contar com dois ministros novos, Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso.

O debate sobre o tema no processo do mensalão provocou uma crise entre a Câmara dos Deputados e o Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado. Na época, o então presidente da Câmara deputado Marco Maia (PT-RS), com apoio de vários líderes, disse que o Legislativo não ia se curvar! ao STF, enquanto o ministro Celso de Mello, último a votar favoravelmente pela perda imediata de mandato, classificou como intolerável, inaceitável e incompreensível! as declarações de Maia.

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