Coordenador tucano insinua que médicos cubanos serão deportados caso Aécio Neves seja eleito em 2014

Traiano destilou veneno contra o programa Mais Médicos! acusando o PT de encher as burras da "ditadura" cubana dos irmãos Castro; o tucano insinua que, em caso de vitória de Aécio, em 2014, os profissionais cubanos serão deportados; "o PT faz uma campanha de difamação contra os médicos brasileiros", vocifera o homem de confiança de Richa e do senador mineiro; leia o artigo.
Traiano destilou veneno contra o programa Mais Médicos! acusando o PT de encher as burras da “ditadura” cubana dos irmãos Castro; o tucano insinua que, em caso de vitória de Aécio, em 2014, os profissionais cubanos serão deportados; “o PT faz uma campanha de difamação contra os médicos brasileiros”, vocifera o homem de confiança de Richa e do senador mineiro; leia o artigo.
O deputado estadual Ademar Traino, líder do governo Beto Richa (PSDB) na Assembleia e coordenador da pré-campanha de Aécio Neves no Paraná, em artigo de opinião, nesta quinta (5), insinuou que os médicos cubanos importados pelo governo de Dilma Rousseff serão deportados, a partir de 2015, em caso de vitória do tucano nas eleições do ano que vem.

Traiano destilou veneno contra o programa Mais Médicos! acusando o PT de encher as burras da “ditadura” cubana dos irmãos Castro. “O PT faz uma campanha de difamação contra os médicos brasileiros”, vocifera o homem de confiança de Richa e Aécio no estado.

O Ministério da Saúde importou cerca de 6 mil médicos de Cuba, além de outras nacionalidades, cuja atuação será em áreas que os profissionais brasileiros se recusam atender. A seguir, a íntegra do texto de Ademar Traiano:

Agressão aos médicos Brasileiros

por Ademar Traiano*

O governo do PT não tem noção de limites. Nada o detém, nem a lei, nem qualquer vestígio de senso ético. Os brasileiros estão assistindo, neste momento, a um exemplo dessa escandalosa falta de limites.

Economia

Para justificar a contratação de milhares de médicos cubanos !“ uma operação destinada muito mais a socorrer as finanças de uma ditadura e aumentar a popularidade da presidente que melhorar a saúde no Brasil !“ o PT faz uma campanha de difamação contra os médicos brasileiros.

Nos pronunciamentos da presidente, de seus ministros e porta-vozes, oficiais e oficiosos, os médicos brasileiros têm sido pintados como marajás, ricos, insensíveis, preocupados apenas com os próprios interesses, que ganham, todos, salários milionários e que não tem preocupação alguma com a saúde das pessoas.

A verdade é bem diferente. A maioria dos médicos brasileiros é formada por profissionais que escolheram a profissão por vocação e se dedicam a salvar vidas e a diminuir o sofrimento das pessoas. Muitos médicos precisam se desdobrar em plantões, acumular diversos empregos para garantir uma remuneração digna.

Para se tornar médico um brasileiro passa por um vestibular com milhares de candidatos por vaga. Depois são seis anos de formação em medicina. à‰ uma formação cara e longa. Os salários, muitas vezes, não compensam. O curso de graduação em medicina dura, em média, 6 anos. Depois vem a residência, por 2 a 5 anos e a especialização.

Como em todas as profissões existem, entre os médicos, alguns maus profissionais. Mas o que nunca se viu foi um governo conduzir uma campanha sórdida, tentando desacreditar todos os seus médicos, tentado colar neles o rótulo de mercenários, insensíveis e desumanos.

A culpa pelas deficiências do sistema de saúde pública do Brasil, a se acreditar nessa campanha do PT, não é de um governo omisso que não soube equacionar – em dez anos de poder !“ os problemas do setor. à‰ tudo culpa dos médicos brasileiros…

O PT finge que não sabe que não basta contratar mais médicos, quando o governo não faz os investimentos necessários e dá as condições adequadas para que os possam trabalhar. O governo não faz a sua parte. O cidadão consegue uma consulta, mas a continuidade do atendimento não acontece. O governo não garante medicamentos, equipamentos, exames laboratoriais e patológicos para que o médico possa trabalhar e o cidadão tenha um atendimento digno e completo.

A reação dos nossos médicos a importação de cubanos, feita de forma sorrateira e ilegal, é natural. Não surpreende que profissionais, que tiveram se submeter a uma formação que consumiu longos anos, despesas e sacrifícios, reajam a importação de médicos estrangeiros – formados em uma espécie de linha de montagem, como itens de exportação – que o Brasil permite que exerçam a medicina aqui sem exigir qualquer tipo comprovação de capacidade.

A forma como feito o acordo com Cuba viola as leis trabalhistas do Brasil. O acordo, que foi criado para financiar uma ditadura sanguinária de 54 anos, fere todas as cláusulas democráticas que o Brasil é signatário e que são usadas para agir contra países não alinhados a ideologia do PT.

Para piorar, a importação de médicos está provocando a perda de emprego de médicos brasileiros que trabalham no interior. Nesses lugares os prefeitos estão demitindo os brasileiros, que pagam com recursos do município, para empregar cubanos, que serão pagos pelo governo federal.

A situação representa uma evidente distorção de tudo o que se pregava no programa Mais Médicos. Médicos estrangeiros, que deveriam atuar em locais não atendidos por profissionais brasileiros, estão, na verdade, sendo usados para desempregar brasileiros.

Assistir nosso governo fazer difamar nossos médicos e ver muitos deles perder seus empregos para profissionais estrangeiros, com formação profissional muito inferior; que, em condições normais, sequer poderiam exercer a medicina no Brasil, é um absurdo total.

à‰ evidente que um programa que deveria ofertar mais assistência médica aos brasileiros e que tem como primeiro resultado desempregar médicos do Brasil foi criado com bases completamente equivocadas.

Esperar que esse governo, autoritário, prepotente e desastrado, tenha a humildade de reconhecer seus erros e rediscutir esse projeto com a sociedade, é uma esperança vã. O PT não tem limites e sua falta de noção não tem conserto.

*Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB do Paraná e líder do governo na Assembleia.

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